Carlos Arthur Nuzman renuncia à presidência do COB
Preso desde a última quinta-feira (4), dirigente estava no comando desde 95
Olimpíadas|Do R7, com Estadão Conteúdo
Carlos Arthur Nuzman não é mais presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil). O dirigente, preso desde a última quinta-feira (4) por suspeita de participação em um esquema de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, deixou oficialmente o cargo nesta quinta (11).
A entidade fez o anúncio durante Assembleia Extraordinária realizada em sua sede, no Rio de Janeiro. O dirigente estava à frente do COB desde 1995 e havia sido reeleito em cinco oportunidades.
Com a saída definitiva de Nuzman, que comandava o comitê desde 1995 e tinha mandato previsto até 2020, o vice Paulo Wanderley Teixeira assume o comando da entidade. Ele presidiu a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) por 16 anos.
Nuzman foi preso durante a Operação Unfair Play, que investiga suposto esquema de compra de votos para o Rio de Janeiro ser sede da Olimpíada do ano passado. Ele está detido preventivamente na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Não há prazo para sua soltura.
Nesta quarta, enquanto dirigentes de confederações debatiam no auditório do comitê, do lado de fora um pequeno grupo de manifestantes pedia por eleições diretas no COB. Liderados pelo ex-nadadores olímpicos Luiz Lima e Djan Madruga - ambos com passagem pela secretaria de Alto Rendimento do Ministério do Esporte -, eles querem que atletas federados tenham direito a voto nas eleições do comitê.