Na Itália, corredora transexual bate recorde dos 200m rasos e causa polêmica
Valentina Petrillo é velocista e passou por um processo de hormonal de mudança de sexo; especialistas contestam os resultados dela nas pistas
Esportes|Do R7
![Valentina Petrillo conquistou oito títulos italianos desde que fez a mudança de sexo](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/OC7UM62QAROAPGHXQ6FKZ2KM7E.jpg?auth=5938d7b6107c9d15f897b3f640b2426116f4abdc2959ff19baec0de63ebe01d6&width=771&height=419)
Valentina Petrillo, uma velocista italiana, está mexendo com o atletismo daquele país. Isso porque ela nasceu homem, Fabrízio Petrillo, e há alguns passou por processo hormonal de troca de gênero e conseguiu autorização para competir entre as mulheres na categoria master, para atletas com mais de 50 anos.
Desde que começou a disputar competições femininas, os resultados de Valentina surpreendem, mesmo com um problema de visão, ela já conquistou oito campeonatos italianos e, no último dia 12, bateu o recorde nacional nos 200 m indoor, com a marca de 26s27.
A competição que deu a marca à velocista viralizou nas redes sociais, ja que nenhuma mulher havia corrido tão rápido nessa distância antes, e pelo grande sprint que ela deu deixando claro a importância que a força física dela teve para conquistar o recorde.
Além disso, o estatístico Marco Alciator contestou o feito ao dizer que "a proeza de Petrillo nas competições atléticas femininas dificilmente é digna de elogios, já que, se competisse na corrida masculina, a marca não estaria nem no top 10 dos recordes."
Após o fim da corrida, os torcedores contestaram o resultado das pistas e gritaram o nome de Cristina Sanulli, que ficou em segundo lugar, com uma marca que bateria o recorde italiano.
“Não nos sentimos iguais, justamente porque a estrutura física [de Petrillo] é masculina. Portanto, não estamos correndo de igual para igual. Embora o caminho [pessoal] que Valentina tomou seja respeitável… atleticamente falando não é, e por isso nos sentimos muito discriminados”, afirmou Cristina à imprensa italiana.
![](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/AQDZ2DIN4VLPPMC4EBJUMQ5AWQ.jpg?auth=825f7121a82702c6cb8eaedddf8e9767dab3bd56d48f96042e3d91e2136fe6b0&width=299&height=417)
Não foi a primeira vez que as atletas contestam Valentina. Mais de 30 atletas italianos chegaram a fazer um abaixo-assinado em que levantavam a questão de sua superioridade física, algo que tornava a competição "injusta".
"Ela mantém características masculinas que violam os princípios de lealdade e equidade na base de todas as competições esportivas. Se ele quiser competir conosco, não temos problema, mas não por títulos", comentaram os denunciantes em sua carta.
Petrillo começou a mudança de sexo há alguns anos, após confessar à esposa e ao filho que se sentiu mulher por muito tempo.
Sempre foi atleta
Fabrizio Petrillo , nome como homem, também teve uma carreira esportiva bem sucedida. Diagnosticado com uma doença degenerativa dos olhos, jogou futsal e depois mudou para o atletismo. Entre os homens paralímpicos, ele alcançou bons resultados os 100, 200 ou 400 metros, até que começou a mudança de gênero.
Ele estava prestes a ir para os Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020, no entanto a Federação Italiana impediu que ela participasse.
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David Vencl, nadador tcheco, bateu o recorde mundial de mergulho livre em águas geladas sem proteção, nesta semana. No entanto, quando voltou à superfície, o atleta chegou a cuspir sangue. O problema parece não ter preocupado o mergulhador, que logo abriu um champanhe e justificou o motivo por se arriscar em uma modalidade tão perigosa