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BRASILEIRO 2022

‘Você joga, se empolga e vai andar de skate de verdade’, diz Bob Burnquist sobre games do esporte

Ícone do skate mundial marcou presença na Gamescom Latam 2025 em painel do ‘Tony Hawk’s Pro Skater 3+4′ e comentou o impacto da franquia nas gerações

Mais Esportes|Bianca Fávero*, do R7

Bob Burnquist anima palco de famoso jogo de skate na Gamescom Latam 2025 Reprodução Instagram - @gamescomlatam e @bobburnquist

Mais de duas décadas após estrear como personagem jogável na franquia Tony Hawk’s Pro Skater, Bob Burnquist volta à cena, desta vez como parte do remake que traz o Rio de Janeiro como uma das pistas. Aos 48 anos, o skatista brasileiro participou de painel especial na Gamescom Latam 2025, em São Paulo, e falou sobre novidades, a evolução dos jogos e como o skate continua atravessando gerações — inclusive dentro dos consoles.

Seja para quem já está familiarizado com a modalidade ou para quem nunca subiu em uma prancha, a tecnologia possibilitou uma aproximação dos jovens com este universo. “Não é sobre ficar só na frente da tela — você joga, se empolga, e aí vai andar de verdade”, afirma Burnquist, em conversa com o R7, ao lado de Rodrigo Pérez, diretor da Activision para a América Latina.

Além de incentivar novos skatistas, ele vê na imersão digital uma forma de superar barreiras para manter vivo o espírito do esporte. “Quando você se machuca e não pode andar, você ainda pode jogar”, pontua. “Isso foi um dos motivos do sucesso: você se sente no ambiente do skate, acerta uma manobra e é tipo ‘uau!’. É quase como se você sentisse aquilo de verdade.”

Lenda do skate mundial, Burnquist acumula 30 medalhas no X Games Divulgação Gamescom Latam

Diferente de jogos digitais que misturam diversos esportes, para Bob, ter títulos que focam especialmente no estilo de vida e liberdade do skate fez toda a diferença para a popularização ao redor do mundo. Quem decide passar algumas horas jogando, seja para competir, andar livre ou simplesmente zerar o game, acaba, mesmo sem perceber, aprendendo os nomes das manobras e conhecendo os skatistas que existem fora da tela.


“Muita gente nem sabia que éramos reais. Já vi gente dizendo para o Tony: ‘Achei que você fosse tipo o Mario’. Mas, quando você conecta personagens reais com um jogo, você ajuda a mover toda a cultura”, ressalta.

Burnquist conta que sempre preferiu andar livre nas pistas virtuais, apenas para se divertir. Um dia, ao fazer uma sequência de kickflips, ficou inspirado a tentar reproduzir a manobra na vida real. “Foi assim que criei o samba flip. A ideia nasceu por causa do jogo. Ele me inspirou. Mesmo tendo manobras impossíveis, o jogo também incentiva a criatividade”, explica.


Rayssa Leal se junta ao elenco de skatistas brasileiros no Tony Hawk's Pro Skater 3+4 Divulgação Activision

Entre as novidades de Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 que mais empolgaram os jogadores, está o reforço da representatividade brasileira na franquia. A nova edição inclui a icônica Mega Rampa — criação de Burnquist —, cenários ambientados nas ladeiras do Rio de Janeiro e a estreia de Rayssa Leal e Letícia Bufoni. ‘‘É maravilhoso ainda estar envolvido, fazer parte disso tudo e ajudar a levar o jogo para a nova geração, junto com a Rayssa. É super empolgante”, celebra Bob.

O diretor da Activision, Rodrigo Peréz, revela que está ansioso para compartilhar outras atualizações do remake, mas já adianta que um dos principais cuidados para desenvolver o jogo foi apresentá-lo à nova geração sem perder a essência do conteúdo original. “A ideia é usar a tecnologia moderna para criar essa cultura de compartilhamento, de competição, que sempre esteve presente no skate. O jogo precisa evoluir sem perder aquilo que o tornou grande”, acrescenta.


Segundo ele, parte desse cuidado está na experiência do próprio jogador. “Os comandos são os mesmos, e isso ativa sua memória muscular. O jogo é difícil, mas não frustrante. Há uma curva de aprendizado, e você se sente recompensado quando acerta algo.”

Rodrigo Peréz, diretor da Activision para a América Latina, ao lado de Bob Burnquist na Gamescom Latam 2025 Reprodução Instagram - @bobburnquist

Pérez também destaca a maneira como a cultura colaborativa do skate se reflete na gameplay, principalmente agora que mais pessoas podem jogar juntas com o crossplay. “O mais legal é como os skatistas competem entre si, mas também se incentivam. ‘Não consigo fazer essa manobra’, e o outro mostra como faz. Isso está no jogo também. Agora dá para criar desafios específicos em certas partes do mapa. Isso vem da vida real”, conclui.

*Sob supervisão de Camila Juliotti

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