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BRASILEIRO 2022

Trulli avalia nova função no automobilismo e de vitória em Mônaco pela F-1

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Adrian R. Huber. Buenos Aires, 8 jan (EFE).- Com uma vitória e 11 pódios na Fórmula 1, o italiano Jarno Trulli é o piloto com o melhor histórico no grid da recém-criada Fórmula E, campeonato de carros movidos a motor elétrico, em que ainda é dono da equipe que leva seu nome. Sempre de bem com a vida, o piloto de Pescara, concedeu entrevista para a Agência Efe, no circuito de Puerto Madero, em Buenos Aires, local da quarta etapa da competição. Na conversa, Trulli comentou diversos aspectos relacionados a sua carreira, além da nova fase que atravessa. Efe: Após um mal começo em Pequim e Putrajaya (Malásia), em Punta del Este (Uruguai) você terminou a corrida em quarto. As coisas começaram a correr como espera ou quer ainda mais? Trulli: Acho que tivemos um começo lento, por diferentes motivos. Não se pode esquecer que fomos a última equipe a entrar no campeonato, por isso que estávamos com um atraso de oito meses. Não foi fácil juntar tudo na equipe. Em Pequim, tivemos muito azar. Na Malásia, parecia que as coisas iriam sair melhor, mas depois tive um problema com o carro e uma penalização na corrida. Depois, em Punta del Este, de novo, tivemos um problema com o carro durante a carreira, mas, por sorte, pudemos acabá-la e somar os primeiros pontos para a equipe. Acho que estamos em linha ascendente. A equipe está cada vez mais forte, com mais experiência. Ainda falta muito o que fazer. Mas acho que estamos onde temos que estar neste momento. Efe: Com que objetivos enfrenta esta prova em Buenos Aires? Trulli: Acho que é outra oportunidade de somar pontos, e eu gostaria alcançar o pódio. Mas aqui tudo é novo e cada prova é diferente, porque são pistas urbanas novas, não são circuitos permanentes. Não temos nenhuma referência prévia e precisamos esperar qualquer coisa. Cada história é diferente. Viemos e tentamos entender quais são as melhores soluções e a melhor estratégia. A corrida é sempre uma incógnita para todos. Efe: A Fórmula E é um campeonato novo. Por enquanto, o que você mais gosta e o que você menos gosta? O que é possível melhorar? Trullo: Há muitas coisas que podem ser melhoradas, claro, mas estamos trabalhando nisso. É algo normal em um campeonato novo. É um novo conceito no plano mundial no automobilismo, em termos de sustentabilidade, com carros totalmente elétricos. Sem emissões, com muito pouco barulho. Obviamente, estamos aprendendo, todos. Aprendemos o que é bom e o que não é. O bom é que corremos dentro das cidades. E isto atrai as pessoas, que, além disso, estão começando a entender o lado positivo de todo este conceito. A parte ruim é que, por ser algo novo, há muitas coisas que adaptar para que cada vez seja mais interessantes para as pessoas. Também temos que aprender a usar a bateria e como fazer carros mais rápidos e que aguentem mais tempo em pista. Mas acho que as três primeiras provas foram realmente bem-sucedidas. Efe: É um campeonato muito aberto, pelo fato de que tudo é novo para todos? Ou já aparecem favoritos? Quem são? Trulli: Está completamente aberto. Qualquer coisa pode acontecer. Isso é algo bom. E o público aprecia. Efe: Além de ser preciso se adaptar a todas estas coisas novas e agora, você é chefe de equipe. Isso te traz muitos problemas? Trulli: Sim. Há muito mais trabalho extra. Tenho que analisar muitas coisas depois das corridas, ao mesmo tempo que tenho que dar continuidade à equipe e apoiá-la, no aspecto econômico e no técnico. Tenho muitas responsabilidades, sim. Efe: Após tanto tempo na Fórmula 1, a vitória no Grande Prêmio de Mônaco, em 2004, é sua melhor lembrança de sua passagem pela categoria? Trulli: Sim, sem dúvidas. Essa é a melhor lembrança e há outras mais. Mas não vivo do passado. Eu olho para o futuro. EFE arh/ff/bg

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