Torcedor do Boca diz estar arrependido de ataque contra atletas do River
Mais Esportes|Do R7
Buenos Aires, 19 mai (EFE).- Adrián Napolitano, o 'Panadero', torcedor do Boca Juniors que foi flagrado jogando um composto de pimenta e ácido no túnel em que passavam atletas do River Plate, em jogo pela Taça Libertadores, afirmou que não mediu as consequências de seus atos e que está arrependido. "Não pensei que chegaria ao que chegou. Vou há 25 anos aos estádios, gosto da festa nas arquibancadas, mas eu perdi isso agora. Sou um trabalhador, acordo todos os dias às 4 da manhã. Nunca conheci uma delegacia", disse o sócio do clube 'xeneize', em depoimento enviado a um repórter do jornal "Olé". "Estou assustado, não pensei que havia câmeras. Não sei o que fazer, como reagir. A verdade é que não tive a intenção de fazer o que fiz. O mundo está caindo em cima de mim. Imaginem como está minha família. Estou desesperado", completou 'Panadero'. Na quinta-feira, no retorno dos atletas do River para o segundo tempo da partida que estava 0 a 0, Napolitano e outros torcedores lançaram substância caseira composta por pimenta e ácido em atletas do River Plate no túnel de acesso ao gramado do estádio de La Bombonera. O zagueiro Ramiro Funes Mori, os lateral-esquerdo Leonel Vangioni, e os volantes Leonardo Ponzio e Matías Kranevitter tiveram inflamação química nos olhos. Após quase uma hora e meia de paralisação, o jogo foi suspenso. Dois dias depois, o meia-atacante Sebástian Driussi foi internado com uma inflamação cerebral. A promotora do caso, Susana Callejas, informou a imprensa a argentina que o torcedor do Boca Juniors pode ser indiciado por lesões leves agravadas por acontecer em um evento esportivo. A pena máxima seria de 16 meses, mas os acusados podem responder em liberdade mediante pagamento de fiança. Por causa do ataque, o time 'xeneize' foi eliminado da Taça Libertadores - com o River avançando para enfrentar o Cruzeiro -, recebeu multa de US$ 200 mil (R$ 597,7 mil) e ainda terá que fazer os próximos quatro jogos como mandante com portões fechados. EFE mcg/bg