Técnico do México minimiza os gritos homofóbicos da torcida
Mais Esportes|Do R7
O técnico do México, Miguel Herrera, afirmou que os gritos homofóbicos dos torcedores mexicanos nas partidas de futebol não são tão graves e têm como objetivo pressionar o rival, um dia depois da Fifa ter anunciado uma investigação sobre o tema.
"Me parece que não é algo grave. Se observarmos que a cada expulsão ou marcação equivocada, o pobre árbitro escuta de tudo, teriam que multar as equipes a cada partida. Então me parece que não passa por aí", disse.
"Há coisas mais importantes que solucionar um grito de pressão sobre o goleiro que os torcedores falam há muito tempo no México", completou.
No México, torcedores gritam o termo "puto", uma forma depreciativa de chamar os homossexuais, quando o goleiro rival bate um tiro de meta.
A Fifa anunciou na quinta-feira que abriu um procedimento disciplinar contra a Federação Mexicana por "má conduta" dos torcedores da "Tri" que gritaram a palavra homofóbica durante a partida entre México e Camarões (1-0) no dia 13 de junho em Natal.
O jornal britânico Daily Telegraph revelou que os torcedores fizeram insultos homofóbicos contra o goleiro de Camarões durante a partida.
A porta-voz da Fifa, Delia Fischer, se limitou a confirmar que a entidade havia sido procurada pela FARE, uma organização não-governamental que combate a discriminação no futebol, depois da partida entre México e Camarões.
Sobre a investigação da Fifa, Herrera preferiu não fazer comentários.
"Não temos nada a dizer, temos que pensar em trabalhar, que a equipe vença, é o que temos que fazer", disse o técnico.
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