Sócios do Colo-Colo retiram Pinochet dos registros do clube
Mais Esportes|Do R7
Santiago (Chile), 1 jun (EFE).- Os sócios do Colo-Colo aprovaram que os registros ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet, morto em 2006 e que era, sejam apagados do histórico do clube, do qual era presidente de honra. "Se aprova como ilegal e ilegítimo a nomeação de Augusto Pinochet como sócio e presidente de honra do clube. Com isso, ficou em ata o compromisso de desconhecer a nomeação, outorgada em um contexto de intervenção do clube, sem o conhecimento e participação da assembleia, principal órgão resolutivo da instituição", assinala a resolução aprovada pelos sócios. A medida foi definida em uma assembleia e representa "uma reparação da tentativa de instrumentalização política maior sofrida nosso clube", como comentou nesta segunda-feira José Miguel Sanhueza, um dos sócios favoráveis à exclusão. "Temos certeza de que com este ato começamos a escrever uma nova história, de participação e democracia visando o centenário de nossa instituição. Trabalharemos para comemorar um centenário participativo, democrático e livre", completou. A proposta de retirar o ex-ditador dos registros foi baseada no fato de que sua presença nos estatutos era ilegítima por ter sido feita quando o clube sofria intervenção política. Embora os responsáveis do clube na época da nomeação de Pinochet como sócio e presidente de honra neguem, os torcedores do Colo-Colo estão convencidos de que o ex-presidente financiou a última etapa da construção do estádio Monumental. O presidente do 'Apache', Fernando Monsalve, que também era favorável à medida, considerou-a parte de uma reestruturação que sua diretoria vem tentando fazer no Colo-Colo. "Pela primeira vez, após muitos anos, tomou-se uma decisão que nasceu no coração da assembleia, demonstrando nosso real compromisso com nossos sócios. Sem dúvidas, este ano faz parte do clube que estamos reconstruindo", comentou Monsalve. EFE ns/dr