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BRASILEIRO 2022

Seleção de vôlei estreia na Liga das Nações sem Bruninho e Lucão pela 1ª vez em 20 anos

Bernardinho destacou a renovação do elenco ao convocar atletas mais jovens e com menos experiência

Mais Esportes|Carol Malheiro*, do R7

Bruninho fica de fora do time principal da Liga das Nações após fazer ótima temporada pelo Campinas Divulgação/COB

A seleção brasileira masculina de vôlei estreia na Liga das Nações, nesta quarta-feira (11), contra o Irã, no Maracanãzinho. Em 2024, o Brasil ficou na sétima colocação, sofrendo seis derrotas em 12 partidas, entre elas, para Cuba e Polônia, ambas por 3 sets a 1. A última vez que a seleção brasileira venceu o torneio foi em 2021.

Desde que voltou a assumir o comando da seleção a sete meses dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o técnico Bernardinho tem promovido uma renovação na equipe multicampeã e está convocando caras novas e jovens. Para a Liga das Nações, dois craques ficaram de fora da convocação: Bruninho e Lucão. Os dois foram finalistas da Superliga Masculina de Vôlei em 2025, pelo Campinas e pelo Cruzeiro, respectivamente.

Medalhões ficam de fora pela primeira vez em 20 anos

Lucão e Bruninho foram finalistas da Superliga Masculina de Vôlei em 2025 e acumulam sete títulos cada da competição Reprodução/@cbvolei

Durante entrevista coletiva, o treinador explicou que está apostando na renovação do elenco desde cedo neste novo ciclo olímpico. Lucão, 39 anos, foi eleito o melhor jogador da Superliga, atuando pelo Cruzeiro, campeão do torneio. Porém, o atleta pediu dispensa da seleção em 2025, pois precisou dar uma pausa devido a dores crônicas que o acompanham no fim da carreira.

“Eu conversei com o Bernardo. Estou com dores crônicas. Preciso dar uma pausa. E também por causa da minha família. São 20 anos direto sem tirar férias, precisando de um descanso para a cabeça. Falei para ele que, neste ano, eu precisava descansar”, afirmou Lucão.


Quanto à ausência de Bruninho, que aos 38 anos renovou o contrato com o Campinas, o técnico afirmou que o levantador, que também é filho dele, fará falta, principalmente, pelo aspecto de liderança, mas que ele é o capitão “menos talentoso que ele treinou na carreira”.

“Tive grandes capitães, mas ele (Bruninho) foi o menos talentoso de todos eles. Foi o mais vitorioso porque ele liderava o grupo e fazia com que acontecesse como líder. E não é dito por mim, é dito por todos os treinadores que ele teve. Que falta o Bruno me faz na quadra? É a liderança. E é dele. O dia que ele quiser ser treinador, ele vai ser o melhor treinador que nós já tivemos”, afirmou o técnico.


Bruninho é capitão da equipe desde 2013. Na primeira partida da Liga das Nações contra o Irã, o central Flávio foi escolhido para liderar o time dentro de quadra.

Renovação

O único remanescente da seleção campeã olímpica em 2016 é o ponta Lucarelli. Outros cinco jogadores estiveram nas últimas Olimpíadas em Paris: Adriano, Cachopa, Alan, Darlan e Flávio. As principais novidades são a do levantador Rhendrick, de 26 anos, que vem para ocupar a posição de Bruninho e o oposto Oppenkoski, de 25, campeão da Superliga pelo Cruzeiro.


Outro destaque são os jovens, que tornam a ganhar mais oportunidades na seleção principal. Arthur Bento e Lukas Bergmann, de apenas 21 anos, e Léo Andrade e Adriano, de 23. Somente três jogadores que disputarão a Liga das Nações tem mais de 30 anos: Alan, Lucarelli e Flávio.

“Acho que a renovação tem que ser um processo. Traz duas, três peças novas, mas tem uma base. Como foi feito há algum tempo, porque lá atrás, a seleção mais vitoriosa, aí para o Nauber, Giovanna, se tem Murilo, Tande, aí você vai ter um processo. Então a geração do Murilo vai entrando aqui, depois a geração do Bruno e do Lucão vai entrando. Isso requer tempo, trabalho, conhecimento, vivência, entender a pressão, entender o cenário internacional“, explicou Bernardinho.

Brasil busca encerrar jejum de más campanhas

O Brasil teve uma das gerações mais vitoriosas da história entre os anos 2000 e 2010. Venceu duas medalhas olímpicas (Atenas-2004, Rio-2016), três Copas do Mundo, três Campeonatos Mundiais e dez Sul-Americanos, todos disputados no período.

Mas, nos últimos anos, a seleção masculina não conquistou muito, e teve desempenhos, até mesmo, decepcionantes, como nas Olimpíadas de Paris, quando sofreu uma eliminação nas quartas de final para os Estados Unidos por 3 sets a 1.

Brasil teve a oitava melhor campanha nas Olimpíadas de Paris Divulgação/COB

Até mesmo no Campeonato Sul-Americano, em que, até 2023, o Brasil tinha vencido todas as edições do campeonato criado em 1951. No torneio disputado em Recife, porém, a equipe amargou o segundo lugar. O último título de relevância no cenário internacional da seleção foi o Pan-Americano de 2023, em Santiago.

*Sob supervisão de Camila Juliotti

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