Rayellen, uma "Neymarzete" de Brasília, sonha em conhecer o ídolo

"Em primeiro lugar, Deus, depois minhas família e depois Neymar", afirma Rayellen Andrade, de 17 anos, usando a camisa de seu ídolo sobre os ombros.

Ela é uma típica "Neymarzete" de Brasília, como dezenas de milhares de outras espalhadas pelo Brasil e até mesmo Espanha.

A "Neymarmania" atinge seu ápice em plena Copa do Mundo, onde o atacante da seleção brasileira e do FC Barcelona prevalece nos campos com 4 gols marcados, mas também nas telas, comerciais e, principalmente... no coração das adolescentes.

Elas gritam ao vê-lo, colecionam tudo o que está relacionado com o ídolo, passam horas na internet em fóruns ou vasculhando sua vida, recortam páginas de jornais e revistas. Verdadeiros fã-clubes que se organizam em torno da estrela.

Por falta de ingresso, Rayellen, de classe média alta, foi ao treino da seleção brasileira em Brasília antes da partida contra Camarões para apoiar seu ídolo e também tentar ser notada por ele. "Ele sabe que eu existo. Meu maior sonho é abraçá-lo e dizer que o amo e que sempre estarei ao seu lado".

As paredes do quarto de Rayellen estão cobertas de fotos do jogador.

Sua paixão pelo astro já dura cinco anos. "Eu passei a gostar de futebol aos 7 anos, na escola. Não me interessava por nenhum jogador em particular, mas, aos 12 anos, fiquei muito doente (epilepsia). Não conseguia andar, não ia mais à escola, corria o risco de ficar paralisada. Passava o dia inteiro em casa, na internet", lembra.

Neste período difícil, a jovem menina encontrou conforto no jogador: "eu não via ninguém, não tinha mais amigos e me apaixonei por ele".

"Comecei a ler livros, fazer buscas sobre ele, sobre sua família. Comprar tudo sobre ele. Sua alegria de viver virou minha tristeza de estar isolada".

Hoje, a doença passou, mas a paixão permanece. Rayellen dedica várias horas de seu dia a Neymar. "Nós, as Neymarzetes, devemos saber tudo sobre ele para responder às críticas", afirma.

"Às vezes, acho que ele poderia passar mais tempo conosco, mas ele trabalha, tem um filho, sua família", afirma, compreensiva.

"Às vezes, ele responde a nossas mensagens no Twitter e pergunta se a gente (as Neymarzetes) estamos bem. Quando ele demora a responder, a gente pergunta e ele responde", explica.

Neymar, que tem consciêcia deste fenômeno, se dirige regularmente às Neymarzetes. "Ele respondeu uma vez a uma de minhas mensagens. Durante os Jogos Olímpicos de Londres, eu desejei 'boa sorte pra ele, e perguntei: pronto para marcar um gol?' e ele respondeu 'não só um, mas dois'. De noite ele marcou dois gols", recorda.

Na ocasião, o Brasil ficou com a medalha de prata, mas Rayellen espera que desta vez "Neymar vai conquistar o Hexa". "Ele vai ser o melhor jogador do mundo e voltará a jogar em sua terra natal", deseja.

A partida de Neymar para o Barça cortou o coração de suas fãs. "Esperávamos que ele ficasse. E quando anunciou sua partida, desabamos. Mas ele conquistou títulos e isso valeu a pena. E, depois, ele deu uma entrevista dizendo que 'nunca abandonaria as Neymarzete", suspira Rayellen.

A jovem afirma ter um namorado e garante "que ele não é ciumento" em relação a veneração ao jogador. Difícil acreditar... Quanto à Bruna Marquezine, namorada de Neymar, Rayellen revela: "Eu a respeito porque ela faz meu ídolo feliz. Eu não sou fã dela, mas a respeito".

E o que pensa sua família sobre isso? A mãe, Marlene, apóia: "Eu quero que ela seja feliz. Quando preciso levá-la a qualquer lugar para ver o Neymar, eu vou com ela".

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