Polícia investiga depoimento que poderia inocentar Jobson
Mais Esportes|Do R7
O novo depoimento de uma adolescente de 13 anos, que antes havia confirmado, mas na segunda-feira, negou ter sido estuprada pelo jogador de futebol Jobson, está criando polêmica na cidade de Conceição do Araguaia, no sul do Pará. A polícia começou a investigar se a garota estaria sofrendo ameaças por ter mudado sua versão inicial dos fatos.
A menina e outras três colegas teriam sido estupradas pelo atleta e outros amigos dele, após terem sido embriagadas dentro de uma chácara de propriedade do jogador na cidade de Couto de Magalhães (TO). As três amigas dela confirmaram o estupro, mantendo a acusação contra Jobson. A promotoria da Infância e Juventude, que acompanha o caso, ainda não se manifestou sobre o depoimento da menina.
Jobson está na penitenciária "Mariano Antunes", da cidade de Marabá, onde aguarda o julgamento de um pedido de habeas corpus. Ele nega ter estuprado as quatro menores e se diz vítima de uma "armação ridícula". "Quero fazer exames e acabar com toda essa palhaçada", afirmou. Bruno William, que era advogado dele, abandonou a causa no começo da semana sem explicar os motivos.
Para o delegado Rodrigo da Motta França, responsável pelo inquérito, o caso está fechado. As provas incriminariam Jobson. "Os depoimentos das vítimas e testemunhas, as fotos e os exames de conjunção carnal não deixam dúvidas", diz o delegado, enfatizando que a própria decisão da Justiça ao decretar a prisão preventiva do atleta já demonstraria a materialidade dos crimes. Um outro caso de estupro contra Jobson, porém, continua sob investigação.