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BRASILEIRO 2022

Paratleta ouro nos 4x100m, Gustavo Araújo descobriu doença na visão há 7 anos

Mais Esportes|Do R7

Medalhista de ouro no revezamento 4x100m nesta terça-feira, Gustavo Araújo era atleta "convencional" até descobrir uma doença degenerativa na visão, há sete anos atrás. Mineiro de Uberlândia, Gustavo tem um problema degenerativo na córnea e atrofia no nervo óptico. Ele virou atleta paralímpico em 2014, devido ao avanço da perda de visão.

Nesta terça-feira, Gustavo ganhou o ouro no revezamento junto com Daniel Silva, Diogo Ualisson, Felipe Gomes, Ricardo Oliveira e Kesley Teodoro. Eles competiram na categoria T11-T13 (para cegos). A equipe também bateu o recorde paralímpico, com o tempo de 42s37.

Segundo Gustavo, nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015, quando ganhou ouro no individual e no revezamento, ele viu "o outro lado da moeda". "Isso tudo aqui é muito recente para mim. Eu tinha uma doença, desde a infância, que nunca tinha se manifestado, e competia como atleta convencional. Não estou aqui para dinheiro, luxo ou balada. Estou aqui para superar a minha deficiência. Quem vê a gente sorrindo, não sabe o que a gente passa. Essa situação dói muito. Eu não pensava que a visão fosse tão importante assim, achava que os óculos revolviam a minha situação e depois vi que não. Mas com energia positiva, as coisas dão certo', disse.

O paratleta de 23 anos, que vê as imagens desfocadas, afirmou que teve que fazer ajustes da mecânica da corrida para se adequar à paralimpíada. "A mecânica do deficiente é diferente. A gente olha sempre para o chão, que é o campo de visão mais próximo. Também tenho sensibilidade à luz, não uso óculos por marra. Esses fatores atrapalham a corrida", afirmou.

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