Pai de revelação americana do Barça diz que punição "está matando" o filho
Mais Esportes|Do R7
(Corrige lead e sublead) Redação Central, 1 set (EFE).- O pai do jovem Ben Lederman, americano das categorias de base do Barcelona, garantiu nesta terça-feira que levará à Corte Arbitral do Esporte (CAS) o caso envolvendo o filho, que não pode atuar pelo clube por causa de uma punição da Fifa. Em extensa reportagem publicada no jornal "The New York Times", Danny Lederman garante que a impossibilidade de atuar em jogos oficiais até janeiro de 2016, enquanto durar o embargo ao clube por descumprimento da regulamentação sobre contratação de jogadores menores de idade, estaria "matando" o jovem de 15 anos. "E a mim também, como pai. Está me matando. Um ano? As crianças precisam jogar. Ele treina, treina, treina, mas não pode jogar, isso não está certo", lamentou. A família Lederman viajou em 2011 da Califórnia para Barcelona, motivada pela esperança de Ben se tornar o primeiro americano a defender o clube, mas a punição imposta pela Fifa o impede de atuar, mesmo após vários recursos. O jovem atleta não disputará partidas até janeiro de 2016, mas o pai garante que levará o caso ao CAS e quer "desafiar a noção básica do artigo 19". "Entendo que a norma foi feita para que se protejam as crianças de serem afastadas das famílias, mas a nossa tomou a decisão de se mudar para a Espanha. Por que a Fifa deve dizer onde devemos viver se nós queremos que nosso filho jogue futebol?", indagou. De acordo com a matéria do "New York Times", no fim de 2014 a Fifa definiu que as transferências de jogadores estrangeiros menores de idade eram irregulares, o que acarretou na revogação da inscrição de atletas, assim como na não-renovação do vínculo de outros, obrigando a adoção de regras de elegibilidade corretas. O chamado Artigo 19 tenta impedir que agentes e clubes tragam crianças de países menos desenvolvidos para testes. "Em termos claros, a regra dispõe que os jogadores juvenis não têm direito de se registrar como parte de um time de fora de seu país de origem até que façam 18 anos", explica o "NYT". EFE lsl/bg