Morre Amaury Pasos, ídolo do basquete nacional e bicampeão mundial
Amaury morreu na madrugada desta quinta, um dia após completar 89 anos, e estava ao lado de familiares
Mais Esportes|Do R7
Morreu nesta quinta-feira (12), Amaury Pasos, ídolo do basquete nacional, aos 89 anos. O bicampeão mundial estava ao lado de familiares e a causa da morte não foi informada. Ele deixa a esposa Luciana, os três filhos e quatro netos.
O velório será aberto aos fãs e acontece na Rua São Carlos do Pinhal, 376, São Paulo, a partir das 10h, e vai até às 18h.
Pasos foi considerado um dos melhores e mais completos jogadores do esporte nacional, já que jogou nas mais diversas posições: pivô, ala e armador. O primeiro contato que teve com o basquete, porém, foi na Argentina, onde passou a infância.
Antes de chegar às quadras, aos 11 anos, ele fez natação e foi campeão argentino juvenil nos 400 m livre. Porém, aos 15 anos, entrou para a equipe de basquete do clube Burchard.
No ano seguinte, Pasos voltou ao Brasil e defendeu a camisa do Clube Atlhetico Paulistano. Pouco tempo depois, foi para o Clube Atlético Tietê. Na equipe, conquistou o Campeonato Paulista e Brasileiro juvenil em 1951.
Quando completou 18 anos, foi convocado pela seleção brasileira e, após um ano, ganhou o primeiro título de relevância internacional: o vice-campeonato mundial em 1954.
Enquanto defendia a seleção, em 1958, mudou para o Clube Sírio-Libanês. Nos sete anos na equipe, conquistou dois Campeonatos Paulistas, cinco Paulistas e um Sul-Americano de Clubes Campeões.
Com a Amarelinha, foi bicampeão mundial de basquete em 1959 (jogava como ala) e em 1963 (foi o cestinha atuando como pivô). Amaury foi o primeiro brasileiro a receber o título de MVP (jogador mais valioso) em dois mundiais, jogando em posições diferentes.
Nas Olimpíadas, faturou duas medalhas de bronze, em 1960 e 1964. O jogador também conquistou uma medalha de bronze (em 1995, no México) e uma de prata (em 1963, no Brasil) nos Jogos Pan-Americanos.
Em 1957, conseguiu faturar o terceiro lugar no Mundial. Nos 16 anos que vestiu a camisa da seleção, ainda foi oito vezes campeão Sul-Americano.
Nesse meio tempo, também conseguiu se formar em educação física na USP (Universidade de São Paulo).
O último clube regional que passou foi o Corinthians, de 1968 a 1972. Ao lado de Wlamir Marques, René, Ubiratan e Rosa Branca formou uma das equipes mais vitoriosas do basquete nacional: foram dois Brasileiros, três Paulistas, cinco Paulistanos e dois Sul-Americanos de Clubes Campeões.
Amaury se aposentou das quadras no Parque São Jorge e passou a gerenciar os negócios da família – uma fábrica de lingerie. Dez anos depois, em 1982, foi técnico do Monte Líbano, de São Paulo.
Nos dois primeiros anos no comando da equipe, conquistou um Campeonato Paulista, um Brasileiro e um Campeonato Sul-Americano. Ele também dirigiu a seleção brasileira em alguns jogos, mas passou os últimos anos trabalhando na fábrica.