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BRASILEIRO 2022

Lyoto Machida intensifica aulas de inglês para superar stress de mudança para os EUA

Carateca brasileiro se colocou à disposição do UFC para lutar entre os meio-pesados

Mais Esportes|Diego Ribas, do R7

Lyoto Machida fará a luta principal do UFC Jaraguá 2
Lyoto Machida fará a luta principal do UFC Jaraguá 2

Nada como um dia após o outro para voltar ao caminho das vitórias e retomar a boa fase na carreira. Que o diga Lyoto Machida, que, superado por Phil Davis em decisão controversa, deu um giro de 180° em sua vida até voltar aos holofotes do mundo do MMA.

E, para isso, não bastou apenas o nocaute fulminante sobre o parceiro de treinos Mark Muñoz em outubro passado. Meses antes, Lyoto se mudou com a família para Los Angeles, nos EUA, onde encarou a mudança climática e cultural no mesmo período em que iniciou o trabalho para perder peso e descer para os pesos médios (84 kg).

Reconhecendo a dificuldade até a completa adaptação, Lyoto revelou ao R7 que o idioma é a principal barreira e que para superá-lo intensificou suas aulas de inglês para melhorar o dia a dia na América.

— A família se adaptou muito bem. No início teve a complicação dos garotos na escola de não falar a língua. A adaptação é dessa forma, tem que se adaptar. Para mim, o inglês é uma barreira, mas venho me esforçando e fazendo aulas até para incorporar um pouco da cultura americana.


Por outro lado, o apertar de cinto na dieta, para já chegar como um top 10 dos pesos médios, não foi encarado com a mesma dificuldade. Apesar de pouco comentado, Lyoto era um peso-pesado há poucos anos, e para atuar entre os meio-pesados (93 kg), categoria na qual se sagrou campeão do UFC, precisou perder peso.

— Toda mudança gera stress. Mudar para os EUA foi, mas foi um stress importante, assim como mudar de categoria. Na primeira vez, eu nunca tinha feito dieta, então foi um impacto que senti. Depois, acostumei no peso e foi tranquilo. Agora é diferente, tive que desidratar um pouco. Perdi 4 kg e cortei para 90 kg e daí fiz a desidratação.


Bem assessorado em todo o processo, o carateca fez questão de frisar que sofreu menos do que o esperado, tanto que não precisou fazer sauna para cortar os último quilos antes de encarar a temida balança.

Renovado com o triunfo, o atual número quatro do ranking da nova categoria encara Gegard Mousasi na luta principal do UFC Jaraguá do Sul 2, que será realizado no próximo dia 15 de fevereiro, e, apesar do rival não estar entre os dez melhores classificados, segue confiante para um possível credenciamento para uma disputa de título do evento, objetivo que segue desde que pisou no octógono.


Mas, caso a oportunidade não apareça, o plano B já está traçado e oficializado para o próprio torneio, que tem carta branca para chamá-lo de volta à categoria de cima, caso julguem apropriado, e com tempo hábil de preparação.

— Acho que estou no auge da minha carreira e ainda posso evoluir um pouco mais. Nessa idade a gente fica mais por conta. A gente planeja, mas não sabe o que vai acontecer, ou se o corpo vai aguentar treinar. Não sei dizer até quando vou lutar, mas enquanto meu corpo reagir bem aos treinos, estarei aí. E, claro, estou aberto a lutar nas duas categorias. Já falei isso para o UFC.

Aos 35 anos e com oito lutas ainda no contrato, Lyoto parece estar longe de pendurar as luvas. E, a julgar pelo retrospecto de 20 vitórias e apenas quatro derrotas, é de se esperar que quem estiver com o cinturão o veja com frequência pelo retrovisor. Em ambas as categorias.

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