Justiça uruguaia determina embargo de 9 propriedades de Eugenio Figueredo
Mais Esportes|Do R7
Montevidéu, 24 jun (EFE).- A justiça do Uruguai ordenou nesta quarta-feira o embargo das nove propriedades que Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol e ex-vice-presidente da Fifa, mantém no país, avaliadas em US$ milhões (R$ 15,5 milhões), como parte do processo aberto contra o dirigente no país. O uruguaio é investigado por suposta fraude, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Segundo o promotor especializado em casos de crime organizado, Juan Gómez, confirmou à Agência Efe, todas as propriedades são de Figueredo ou de sociedades anônimas controladas por ele. "É o que, por enquanto, foi detectado com a investigação patrimonial de urgência. Não significa que pararemos aí. Pode ter alguma a mais", disse Gómez. Em 8 de junho deste ano, um tribunal de apelações indicou que a justiça uruguaia é competente para investigar Figueredo, no processo aberto por supostos crimes que o dirigente teria cometido enquanto era presidente da Conmebol, entre 2013 e 2014. De acordo com a primeira denúncia aberta, dois anos antes, na entidade sul-americana existia uma "organização criminosa", que estava se apropriando de dinheiro que deveria ir para clubes, jogadores e para os cofres da própria Conmebol, referentes a direitos de televisão de competições, publicidade e patrocínios. A causa inicial, no entanto, chegou a ficar paralisada, pois a defesa do dirigente apontou que a justiça uruguaia não tinha competência para atuar, já que a sede da entidade está em Assunção, no Paraguai. Em breve, deverão ser convocados para prestar depoimento, o dono da produtora de televisão Tenfield, Francisco Casal, além de integrantes e ex-integrantes da Associação Uruguaia de Futebol, além de dirigentes dos clubes do país. "Essa é a consequência do expediente aberto no Uruguai em 2013. Não tem nada a ver com o precatório de cooperação da justiça americana", disse Gómez, se referindo ao escândalo de corrupção na Fifa, que resultou na prisão de Figueredo. EFE rgm/bg