Grupo D: Uruguai, Inglaterra e Itália medem forças no 'Grupo da Morte'

Inglaterra, Itália e Uruguai, três campeões mundiais, têm um encontro com a história no Grupo D da Copa do Mundo do Brasil-2014, no qual a Costa Rica tem a difícil missão de ser a surpresa do torneio.

Ao cair no chamado "Grupo da morte" do Mundial, após o sorteio realizado em 6 de dezembro na Costa do Sauipe, o técnico da 'Celeste', Oscar Tabárez, tratou de minimizar o azar de sua seleção.

"São jogos difíceis como seria qualquer outro que teríamos que enfrentar", explicou, lembrando também que sua seleção não tem bom retrospecto contra as equipes europeias de elite.

De fato, o Uruguai, bicampeão do mundo (1930 e 1950), não derrota uma seleção europeia numa Copa desde a vitória por 1 a 0 sobre a União Soviética, nas quartas de final do Mundial mexicano de 1970.

Desde então, foram quinze confrontos contra seleções do velho continente, com seis empates e nove derrotas.

Para acabar com esta sequência negativa, Tabárez anunciou que voltará a contar com a maioria dos jogadores que conquistou o quarto lugar na África do Sul-2010, um elenco que destaca-se pelo poderio ofensivo, com os atacantes Luis Suárez (Liverpool) e Edinson Cavani (PSG), além do veterano Diego Forlán (Cerezo Osaka), melhor jogador e um dos artilheiros do último Mundial.

A seleção inglesa, campeã do mundo em 1966 como anfitriã, chega ao Brasil-2014 rejuvenescida, com só seis jogadores com experiência em Copas do Mundo.

O técnico inglês Roy Hodgson aposta num elenco com vários jovens, como Raheem Sterling (Liverpool, 19 anos), Ross Barkley (Everton, 20 anos), e Luke Shaw (Southampton, 18 anos), guiados por alguns renomados como Frank Lampard (Chelsea, 35 anos), Steven Gerrard (Liverpool, 33 anos) e Wayne Rooney (Manchester United, 28 anos).

"Vamos ser valentes, acreditamos em nossas chances e vamos assumir riscos", prometeu Hodgson.

"Com o tipo de jogadores que temos, é preciso jogar assim. Temos que deixar os jogadores atuarem da mesma maneira que nos melhores clubes da Premier League", completou.

A Inglaterra estreia no Grupo D contra a Itália em Manaus no dia 14 de junho, enquanto, no mesmo dia, Uruguai e Costa Rica se enfrentam em Fortaleza, numa primeira rodada que certamente será decisiva para o futuro das quatro seleções na competição.

Na segunda rodada, em 19 de junho, a Inglaterra jogará na Arena Corinthians de São Paulo contra o Uruguai de Luis Suárez, artilheiro da Premier League em 2013-14.

Hodgson, porém, já expressou diversas vezes seu respeito pela Itália do técnico Cesare Prandelli, que deixou para trás o tradicional 'catenaccio' e agora joga um futebol de mais posse de bola e ofensivo, liderado pelo veterano Andrea Pirlo.

"Pirlo é o cara que faz a Itália jogar há dez anos", elogiou o técnico inglês.

Até agora, as modificações impostas por Prandelli vêm dando resultado.

O técnico italiano assumiu o cargo depois de a tetracampeã mundial (1934, 1938, 1982 e 2006) ter fracassado na África do Sul em 2010, quando era a campeã vigente, sendo eliminada na fase de grupos.

Com a segurança de poder contar com os veteranos Gianluigi Buffon no gol e Pirlo no meio, além da potência do atacante Mario Balotelli, a "nova" Itália chegou à final da Eurocopa-2012 e foi terceira na Copa das Confederações-2013, na qual mereceu vencer a Espanha nas semifinais, mas foi derrotada nos pênaltis.

Após a estreia contra a Inglaterra, os italianos enfrentam a Costa Rica em 20 de junho em Recife, encerrando a participação na fase de grupos contra o Uruguai (24 de junho) em Natal, duas partidas em que o calor pode ser determinante.

A seleção costarriquenha disputará sua quarta Copal (1990, 2002 e 2006), depois de ter ficado de fora do Mundial sul-africano de 2010 ao ser derrotada justamente pelo Uruguai na repescagem das eliminatórias.

O colombiano Jorge Luis Pinto não poderá contar com o lateral do Everton Bryan Oviedo, que não se recuperou a tempo de uma fratura na tíbia que sofreu em janeiro.

A Costa Rica terá, porém, o goleiro Keylor Navas, um dos melhores do Campeonato Espanhol, no qual defende o Levante, e os atacantes Joel Campbell, do Olympiakos, e Bryan Ruiz, do PSV Eindhoven.

Apesar de ter que enfrentar três ex-campeões do mundo, o goleiro Keylor Navas mostrou-se confiante.

"É claro que há esperança de chegar às oitavas! Nada é impossível na vida. São seleções de alto nível, acostumadas a jogar Mundiais, mas as partidas precisam ser jogadas, não podemos falar antes", garantiu Navas.

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