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BRASILEIRO 2022

EXCLUSIVA AFP: Maturana não espera grandes revoluções táticas, mas uma grande festa no Brasil

Mais Esportes|Do R7

O técnico colombiano Francisco Maturana, que inspirou o 'toque' da seleção 'Cafetera' no início dos anos 90, disse em entrevista exclusiva à AFP que não espera grandes revoluções táticas na Copa do Mundo do Brasil-2014.

Mesmo assim, 'Pacho' espera que o país organize uma grande festa, com o encontro de várias culturas.

-Você espera novidades táticas para esta Copa?

"Não estou falando como treinador, mas como membro do Comitê Técnico e de Desenvolvimento da Fifa, e acredito que já faz tempo que a Copa é uma festa, não um cenário propício para surpresas táticas. O verdadeiro cenário no qual se pode encontrar uma tendência para o futuro é a Liga dos Campeões, torneio que reúne os melhores jogadores do mundo, os melhores técnicos, todos no seu melhor momento. Há muita continuidade no trabalho e é nessas condições que os técnicos podem criar. Na Copa, os técnicos não podem contar com os jogadores por três ou quatro meses seguidos. Além disso, alguns dos melhores do mundo não participarão da competição, como Zlatan Ibrahimovic, Robert Lewandoswki ou Arda Turán (Suécia, Polônia e Turquia não estão classificados para a Copa). Por isso é difícil fazer grandes renovações táticas. Vejo mais o Mundial como um grande encontro de culturas, uma grande festa, onde cada um defende sua identidade".


_O calor e a umidade podem influir no rendimento dos jogadores durante a Copa?

"Não, não acho que isso possa ser um desculpa, porque se a Copa fosse realizada em um lugar frio, todos iriam culpar o frio. Estamos falando em jogadores de alto nível, que precisam estar bem em todas as circunstâncias. O calor e a umidade podem até influir um pouco no rendimento, mas não são fator determinantes".


_Muitos dizem que esta será a Copa de Cristiano Ronaldo ou a Copa de Messi. E você, o que acha?

"Prefiro deixar este papo com a mídia. Preciso ser coerente com a minha personalidade. Sou técnico de futebol e entendo que o futebol é um esporte coletivo. Lembro de uma frase de Xavi, do Barcelona, que disse um dia: "sem meus companheiros, meu futebol não faz sentido". Concordo com ele. O futebol de Messi e Cristiano não faz sentido sem seus companheiros.


_O que significa para você o retorno da seleção colombiana à Copa pela primeira vez em 16 anos (desde o Mundial da França, em 1998)?

"Observei de forma complacente as pessoas comemorarem como crianças esta classificação. Acho que este jejum de 16 anos serviu para dar valor à presença da nossa seleção no Mundial, porque numa determinada época tinha virado rotina e as pessoas não davam mais valor".

_Quais são os favoritos da Copa?

"Este tema só serve para alimentar discussões, mas no futebol, não há nada escrito. Não dá para dizer que um jogador que fez uma coisa boa ontem poderá repeti-la amanhã.

_O quanto a possível ausência de Falcao García pode afetar o desempenho da seleção colombiana?

"Pode afetar bastante, na medida em que fizeram com que o grupo acreditasse que tudo na equipe passava por Falcao. Se você pensar que vai ganhar apenas graças a um ou dois jogadores, vai acabar se dando mal, o jogo é coletivo. Acho, por exemplo, que o Brasil precisa sem dúvidas dos gols de Neymar para ganhar a Copa, mas será impossível se Luiz Gustavo e Paulinho não cumprirem suas tarefas na recuperação de bolas no meio de campo.

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