Estádio do Guarani vai a leilão novamente nesta quinta
Mais Esportes|Do R7
A torcida do Guarani, mais uma vez, deve passar por momentos de apreensão. É que nesta quinta-feira o Estádio Brinco de Ouro irá a leilão na Justiça Federal, em São Paulo. E, desta vez, dirigentes do próprio clube informaram sobre interesse de um grupo de Goiás e até mesmo um xeque árabe, que enviarão representantes para arrematar o imóvel.
Um dos fatores que teria influenciado o interesse é o lance mínimo para o arremate. O Brinco poderá ser arrematado por apenas R$ 43 milhões. O valor é quase dez vezes inferior ao preço estipulado pelo clube, que se aproxima de R$ 400 milhões.
Caso haja algum arremate, o presidente Horley Sena já avisou que o clube tentará entrar com um instrumento jurídico chamado Embargos à Arrematação. O processo permite a discussão de nulidades da arrematação e, geralmente, serve como mecanismo de desencorajar o arremate.
Membro do Conselho de Administração do Guarani, Luiz Carreira Torres também revelou um "plano B" para o leilão. O dirigente disse que o clube pode usar como instrumento para afastar os interessados a possibilidade de tombamento do Brinco. Existe um pedido em andamento no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) desde 2009. "Ninguém vai querer arriscar colocar dinheiro em uma propriedade que seja tombada", argumentou.
Torres garantiu que o tombamento não afetaria a negociação do imóvel com a empresa Magnum, já que existe um outro projeto registrado na prefeitura que permite a venda desde novembro. Há duas semanas, os associados do Guarani aprovaram o projeto que dá prioridade à Magnum na compra do Brinco por R$ 320 milhões, além de investimentos no futebol do clube.
No último dia 13 de novembro, o Brinco de Ouro também foi a leilão em São Paulo. Apesar disso, não houve ofertas. O estádio bugrino foi a leilão por conta de uma dívida com o ex-lateral Gustavo Nery, que foi somada a outros processos da 1ª Vara do Tribunal de Campinas, além de débitos tributários. O valor total do processo trabalhista é de cerca de R$ 5 milhões.