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BRASILEIRO 2022

Eliminação precoce é fim de uma era para Espanha

Mais Esportes|Do R7

Por Iain Rogers

(Reuters) - A chocante eliminação da Espanha da Copa do Mundo nesta quarta-feira sinaliza um final vergonhoso para uma fase brilhante de seis anos, durante os quais a nação ibérica dominou todos diante de si, arrebatando seu primeiro título mundial e enfileirando troféus europeus.

O primeiro grande sucesso espanhol veio no Campeonato Europeu de 1964, e depois os torcedores amargaram mais de quatro décadas de promessas vazias que finalmente terminaram com a vitória de 1 x 0 sobre a Alemanha na final da Euro 2008.

Vicente del Bosque assumiu o cargo do falecido técnico Luis Aragonés depois do triunfo em Viena, e o sucesso continuou.


O time erguido ao redor de talentos como o capitão e goleiro Iker Casillas, os meio-campistas Xavi, Xabi Alonso, Andrés Iniesta e Cesc Fábregas e os atacantes David Villa e Fernando Torres deu sequência com as vitória na Copa de 2010 e na Euro 2012.

Del Bosque só precisou fazer um ajuste aqui e ali no time e, com uma série de campeões comprovas teoricamente ainda próximos do auge de suas carreiras, a Espanha era vista por muitos como tendo uma bela chance de se tornar uma das três nações a defender seu título com sucesso, como a Itália em 1938 e o Brasil em 1962.


Mas não era para ser.

O torneio dos espanhóis começou de forma chocante, quando a Holanda lhes infligiu sua pior derrota em um Mundial em mais de 60 anos na surra de 5 x 1 da estreia – doce vingança dos holandeses pela derrota na final de 2010.


Del Bosque manteve a calma em meio aos maus augúrios dos jornais esportivos espanhóis, como fez quando a Espanha sofreu uma derrota surpreendente de 1 x 0 para a Suíça na África do Sul quatro anos atrás.

Ele fez algumas mudanças no time para a partida desta quarta-feira contra o Chile, tirando Xavi e escalando o atacante Pedro e recolocando o zagueiro central Gerard Piqué ao lado de Javi Martínez.

Mas a Espanha simplesmente não esteve à altura de tarefa, e os sul-americanos pareceram mais famintos e bem preparados, saindo com uma vitória de 2 x 0 merecida.

Foi, de certa maneira, apropriado que o fim do triunfo espanhol na elite do futebol tenha coincidido com o dia em que o rei Juan Carlos renunciou formalmente para entregar o poder a seu filho, o príncipe Felipe, após um reinado de 39 anos.

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RECONSTRUÇÃO

A escala do fracasso espantoso da Espanha pode ser medida pelo fato de que em 19 partidas rumo à conquista da Euro 2008, os campeões mundial e europeu só sofreram seis gols, um a menos que no Brasil em meros dois jogos.

A tarefa de Del Bosque agora é redescobrir seu toque mágico e reconstruir o time antes de defenderem sua coroa europeia daqui a dois anos.

Muitos dos jogadores que ajudaram a Espanha a se tornar uma das seleções mais bem-sucedidas na história do futebol, como Casillas, Xavi e Alonso, quase certamente não estão presentes no torneio na França, e há uma série de joves pretendentes esperando sua chance.

David De Gea está sendo preparado para assumir o gol, e Koke, que entrou como reserva no intervalo nesta quarta-feira, é visto como sucessor natural de Xavi.

Del Bosque também irá contar que o atacante Diego Costa, nascido no Brasil, repita parte do que mostrou para ajudar o Atlético de Madri a conquistar seu primeiro título espanhol em 18 anos e chegar à final da Liga dos Campeões na última temporada.

Jogadores como Fábregas, Sergio Ramos, Martínez, Pedro e Busquets ainda têm muito a oferecer, e os zagueiros Jordi Alba e Cesar Azpilicueta estão nos estágios iniciais de suas carreiras internacionais.

Para os torcedores, ficam as lembranças de seis anos gloriosos no topo do mundo.

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