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BRASILEIRO 2022
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Da venda de bombons para tatames do mundo com jiu-jítsu: paraense faz as malas para torneios

Ilan Figueiredo, de 12 anos, é uma promessa da modalidade e acumula mais de 50 títulos, ainda nenhum fora do Brasil 

Mais Esportes|Ana Luiza Pêgo, do R7*


Apesar da pouca idade, Ilan Figueiredo já sonha alta com carreira no jiu-jítsu
Apesar da pouca idade, Ilan Figueiredo já sonha alta com carreira no jiu-jítsu

Da venda de bombons na praia para arrecadar dinheiro para os campeonatos, aos tatames mais disputados do mundo. Prestes a disputar três das maiores competições internacionais do jiu-jítsu, Ilan Figueiredo, de apenas 12 anos, já é uma das promessas para o Brasil na modalidade.

Ivaldo Figueiredo, de 37 anos, pai e treinador do garoto, confessa que a família passou, e ainda passa, por momentos de dificuldade financeira. Mas, segundo ele, o objetivo principal ainda é fazer a carreira de Ilan ser um sucesso.

“As pessoas não acreditavam na gente, achavam que eu estava explorando ele, que ainda era muito pequeno. Passamos por muita humilhação mesmo”, contou o pai-treinador. “Depois que começamos a postar, a gente mostrava o perfil e as pessoas nos ajudavam, compravam os bombons.”

Mesmo muito novo, Ilan acumula mais de 50 títulos entre torneios nacionais, interestaduais e regionais. Natural de Salinópolis, pequeno município no litoral do Pará, a 200 km de Belém, o garoto é conhecido como "Gasparzinho" no universo do jiu-jítsu. Ele começou a carreira ainda em 2016, em um projeto da escola em que estuda.

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Ainda neste mês, o lutador viajará com o pai para a Austrália, para disputar o Pan Pacífico da categoria. Esta será a primeira vez do atleta em competições internacionais. Até o fim do ano, Ilan também competirá na Irlanda, pelo Aberto Internacional, e em Abu Dhabi, pela competição considerada a Copa do Mundo de jiu-jítsu.

O pai de Ilan já treinava e decidiu fazer o filho praticar o esporte também. Apesar de Ilan ter perdido os primeiros campeonatos que disputou, o pai não deixou o garoto desistir.

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“Eu sabia que ele tinha potencial e talento, então decidi montar um lugar de treinos na nossa casa, improvisado mesmo, com lona. Chamei umas crianças da redondeza e começamos assim”, disse.

Ao lado do pai e um pouco tímido, Ilan revelou que seu maior sonho como lutador é ser campeão mundial de jiu-jítsu pelas categorias adultas. 

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“Não quero só ser famoso porque ganhei, mas também quero representar minha cidade, meu país. Mas se falar do jiu-jítsu mesmo, meu sonho é ser campeão mundial na Califórnia”, disse.

O treinador também comentou que exige do filho bom desempenho nos estudos.

“Cobro mesmo, tanto nos treinos, quanto nos estudos. Falo para ele que ninguém vai dar nada para ele, que ele vai precisar buscar, então precisa estudar”, explicou. "Às vezes, vamos ter que abrir mão de muitas coisas, para poder chegar onde a gente quer."

Família reconhece que ainda passa dificuldades para manter a carreira do filho
Família reconhece que ainda passa dificuldades para manter a carreira do filho

Sendo pai e treinador, Ivaldo confessou ter essas duas versões bem separadas entre ele e o filho.

“O Ivaldo treinador é mais chato, cobra mais, pede para repetir se estiver errado. Agora o pai é aquele que torce, apoia, admira, ajuda quando precisa, oferece ombro amigo.”

Projeto Olimpíada 2028

Sobre os bastidores do futuro da carreira do filho, Ivaldo mostrou empolgação ao contar os próximos passos do garoto. Segundo o treinador, Ilan vai começar a treinar judô, com o intuito de competir pela modalidade também.

"A gente quer já introduzir o judô e fazer treinos separados, pensando na Olimpíada em 2028. Até lá, se treinarmos e nos dedicarmos, o Ilan já vai estar na faixa-preta, com seus 18 anos. Queremos muito ir para a Olimpíada", confessou.

Pai e filho embarcam domingo para São Paulo e da capital paulista os dois viajam direto para Melbourne, na Áustralia. Essa é a primeira das paradas da dupla, que ainda disputa outras competições internacionais até dezembro.

*Estagiária do R7, sob supervisão de André Avelar

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