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BRASILEIRO 2022

Com velas negras, grupo faz protesto em barcos na Marina da Glória

Mais Esportes|Do R7

Rio de Janeiro, 12 jul (EFE).- Um grupo de velejadores navegou neste domingo pela Baía de Guanabara com barcos ostentando velas negras, em protesto contra o novo projeto da Marina da Glória, um dos locais de prova dos Jogos Olímpicos de 2016. A manifestação foi denominada "Horizonte Negro" e foi idealizada pela artista plástica Martha Niklaus, que disse à Agência Efe, que se tratou de uma representação do que "está acontecendo no Rio e em todo o país". O velejador e analista de sistemas Luiz Goldfeld, um dos membros da Associação dos Usuários da Marina de Glória, criticou a forma como foram concedidos os direitos de exploração da Marina, o que iria contra o conceito do bom uso do espaço público. "Estão usando a área para construir dois locais de eventos, um centro comercial, um polo gastronômico, o que desvirtua totalmente a função da Marina, que deveria ser uma área náutica, para a popularização do esporte", disse. Os membros da Associação apresentaram neste mês uma ação contra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que concedeu as licenças para o projeto. O advogado do órgão comunitário, Nelson Nirenberg, afirmou que o parque e todas as infraestruturas incluídas na área são protegidas por lei, e que não podem sofrer qualquer tipo de alteração, inclusive na vista, como o projeto prevê, já que a visão do Pão de Açúcar ficaria obstruída. "Conseguimos que a justiça reconhecesse as ilegalidades praticadas pelo Iphan e paralisasse as obras", explicou Nirenberg. O juiz que tinha determinado a suspensão dos trabalhos, no entanto, reconsiderou a decisão contra o Iphan na sexta-feira, e permitiu a retomada nas obras na Marina da Glória. A companhia BR Marinas, responsável pelas obras e pela administração do local até 2036, rejeitou as acusações em comunicado, no qual disse que aumentará as vagas para barcos das atuais 240 para 655, entre molhadas e secas. Sobre a área comercial do projeto, assegurou que foi reduzido o número de lojas de 40 para 24 e que "a prioridade será atender o setor náutico, ou seja, lojas que vendem material para barcos e atividades náuticas. Isto não é, definitivamente, um projeto de shopping". Acrescentou que a área atual de estacionamento tem capacidade para até mil veículos e que o novo projeto prevê 470 vagas para carros, das quais 236 serão subterrâneas. "Sabemos que a manifestação é por conta do preço, mas já chamamos todos os insatisfeitos para negociar. Eles não vieram", esclareceu o diretor da Marina da Glória, Pedro Guimarães. EFE lvs/bg/ma (foto) (vídeo)

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