Brasil conquista a prata inédita no Mundial de Ginástica Artística sob liderança de Rebeca Andrade
Show no solo e salto fizeram a equipe brasileira ficar com a medalha na Bélgica. Simone Biles comandou a conquista dos EUA
Mais Esportes|Do R7
Depois de um quarto lugar nas classificatórias, a equipe feminina do Brasil melhorou seu rendimento e conquistou a medalha de prata no Mundial de Ginástica Artística, realizado na Bélgica. Nesta quarta-feira (4), o time liderado por Rebeca Andrade e Flávia Saraiva cresceu na decisão, principalmente com as apresentações no solo e a passagem pelo salto, fez 165.530 pontos e ficou entre as três melhores pela primeira vez.
Jade Barbosa, Lorraine Oliveira e Julia Soares também competiram na decisão. Simone Biles liderou os Estados Unidos e conquistou sua 20ª medalha de ouro em Mundiais na carreira. O terceiro lugar foi da França, com 164.064 pontos.
O Brasil começou sua participação na final por equipes pelos aparelhos em que o time brasileiro tinha mais dificuldade.
Dessa forma, as brasileiras chegaram à metade da decisão brigando para ficar com o quinto lugar. Contudo, as apresentações no solo e no salto impulsionaram a equipe e fizeram com que a primeira medalha por equipes da ginástica brasileira fosse confirmada.
A final do Brasil
O dia da seleção brasileira na final de equipes femininas do Mundial de Ginástica Artística começou com as atletas se apresentando nas barras assimétricas. A primeira atleta do país a se apresentar foi Lorraine Oliveira. Sem erros e com uma saída cravada, a atleta teve 13.166 de nota. Na sequência, foi a vez de Rebeca Andrade, o grande nome da delegação brasileira na Bélgica.
Arrancando aplausos de todo o público presente no ginásio durante toda sua apresentação, Rebeca Andrade também conseguiu uma saída cravada e teve 14.400 como pontuação. Fechando a participação brasileira no aparelho, Flavia Saraiva teve um 13.733 e fez a equipe somar 41.299 pontos.
O segundo aparelho da equipe brasileira foi a trave. Diferentemente de nas barras assimétricas, Julia Soares fez parte da equipe e abriu a participação do país. Em sua apresentação, Julia sofreu uma queda e teve um total de 12.200, um ponto a menos do que tinha feito na classificatória. Finalista do aparelho na Rio 2016, Flavia Saraiva fez uma apresentação limpa e obteve 14.066 como pontuação.
Fechando a rotação brasileira na trave, foi a vez de Rebeca Andrade. Com alguns desequilíbrios durante a apresentação e uma saída com um grande passo, ela fechou com 13.133. Dessa forma, as brasileiras terminaram as apresentações com um total de 39.399 pontos, descolando-se das primeiras posições na classificação de momento.
Beyoncé e Anitta levantam o Brasil
A série de apresentações da equipe brasileira no solo levantou todo o ginásio. Usando pela primeira vez em uma competição sua nova música, que é um combinado de canções de Beyoncé e Anitta, Rebeca Andrade “parou” a competição. Com todos os movimentos cravados, a brasileira terminou com 14.666, a maior nota do aparelho na final por equipes.
Na sequência, Julia Soares foi para sua apresentação no solo. Ao fazer movimentos com um grau de dificuldade um pouco menor que o dos apresentados por Rebeca, Julia terminou com 13.600. Já Flávia Saraiva também levantou o público. Apostando na questão artística e nos movimentos cravados, a ginasta ficou com 13.900 de nota final e recolocou o Brasil na briga pelo pódio.
Fechando a participação do Brasil na final por equipes no Mundial de Ginástica Artística, as atletas passaram pelo salto. Preparada para competir somente nesse aparelho na disputa desta quarta-feira, Jade Barbosa abriu as tentativas brasileiras e teve 13.933 como nota.
Em seguida, Flávia Saraiva também conseguiu uma salto quase perfeito. Com uma saída cravada, a brasileira fechou com 13.833 pontos e manteve o Brasil virtualmente no pódio. Para fechar a participação do Brasil na decisão por equipes, Rebeca Andrade conseguiu 14.900, repetindo sua nota na classificatória, e deixou o Brasil com um total de 165.530 pontos, no segundo lugar geral.