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BRASILEIRO 2022

Brasil 'abaixo de zero' quer vaga no bobsled da Olimpíada de Inverno em 2018

Mais Esportes|Do R7

Quando recebeu o convite para a seleção brasileira de bobsled, em 2000, o decatleta Edson Bindilatti mal conhecia o esporte. Logo esbarrou em uma dúvida: como o Brasil poderia promover uma modalidade de inverno, em que um trenó desliza sobre gelo? Quase 20 anos depois, as metas do time brasileiro são ousadas: conquistar uma vaga nos Jogos de PeyongChang, na Coreia do Sul, e, na competição em 2018, ocupar um lugar entre as 10 primeiras equipes.

Além dos resultados expressivos no atletismo, Edson Bindilatti tinha o sonho de participar de uma Olimpíada. Como sabia que teria mais chances em um esporte menos popular, decidiu enfrentar o medo de altura. "Não gosto de balão e montanha-russa. Não pulo de bungee jump de jeito nenhum. Como topei descer em um trenó a 150km/h? Na primeira vez fui rezando, mas foi amor à primeira vista", disse ao Estado.

Não demorou muito para o atleta realizar o seu sonho olímpico. Em 2002, ele fez parte da equipe que disputou a Olimpíada de Inverno de Salt Lake City, nos Estados Unidos. O time ainda era amador e sofria com a falta de apoio da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), mas conseguiu terminar a competição em 28.º lugar. O enredo lembra o filme Jamaica Abaixo de Zero, que narra a aventura de atletas jamaicanos nos Jogos de Inverno. Foi esse filme que Eric Maleson, então piloto da seleção, indicou Edson Bindilatti como "introdução" ao bobslead, lá em 2000.

Após a frustração em Turim-2006, quando o trenó tombou durante uma prova, e os problemas políticos de 2010, quando o time ficou fora dos Jogos de Vancouver, no Canadá, o bobsled do Brasil alcançou um feito inédito em Sochi-2014. Pela primeira vez, a seleção se classificou tanto na categoria Four-Man (quarteto) quanto na Two-Man (dupla). Porém, os equipamentos obsoletos atrapalharam e a equipe terminou em 28.º lugar.


Neste ciclo olímpico, Edson Bindilatti é o piloto da seleção que pleiteia uma vaga em PyeongChang-2018. Com mais incentivo e estrutura - que incluem um trenó mais moderno e a inauguração de uma pista de treinos no Brasil -, a equipe nacional vem somando ótimos resultados na Copa América.

O Four-Man - composto por Edson Bindilatti, Odirlei Pessoni, Edson Martins e Rafael de Souza - conquistou o quarto lugar na estreia da etapa de Whistler, no Canadá, e foi campeão da segunda prova. Os pontos aproximaram o time verde e amarelo da vaga nos Jogos na Coreia do Sul, em fevereiro.


"Tivemos duas treinadoras britânicas que fizeram o time crescer muito, a CBDG comprou trenó novo, inaugurou a pista. Então veio o técnico Zé Moraes e aprimorou nossa parte física. Também fechamos parceria com um time dos Estados Unidos que treinou nossa ‘coreografia’ para entrar no trenó. A evolução é clara", avaliou Edson Bindilatti.

Os treinamentos para a temporada começaram em maio. Os atletas fizeram um trabalho duro para ganhar peso, o que faz o trenó descer na pista com mais velocidade. Diante das melhorias, Edson Bindilatti sonha alto nos Jogos de 2018. "O objetivo é conseguir a vaga e ficar entre os dez primeiros em PyeongChang. Estamos preparados para enfrentar qualquer time", projetou o piloto.

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