Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia descobriu que pessoas que permanecem muitas horas sentadas e não fazem nenhum tipo de atividade física, experimentam um envelhecimento celular acelerado. O estudo dirigido por Aladdin Shadyab, e publicado no American Journal of Epidemiology, afirmou que o resultado do sedentarismo faz com que “a idade cronológica nem sempre coincide com a idade biológica”.
O estudo foi realizado com a participação de 1.500 mulheres com idades entre 64 e 95 anos de idade. Cada participante respondeu um questionário que tentava mapear a atividade física e tinham de portar um acelerômetro (dispositivo que registra os movimentos físicos), durante sete dias consecutivos. Os resultados mostraram que os telômeros (extremidades dos cromossomos que protege o material genético que o cromossomo transporta) das mulheres que permaneciam sentadas durante mais de 10 horas diárias, apenas praticante exercícios esporadicamente, eram notavelmente mais curtos que aquelas que eram fisicamente ativas.
Foto: Tara Bahrampour | Washington Post
Este menor comprimento de telômeros significa dizer que estas mulheres têm, em média, oito anos mais do que o correspondente a sua idade cronológica. Na medida em que nossas células se dividem para se multiplicar e para regenerar os tecidos e órgãos do nosso corpo, a longitude dos telômeros vai se reduzindo e, por isso, com o passar do tempo, eles vão ficando mais curtos. Quando os telômeros ficam muito pequenos que já não são mais capazes de proteger o DNA, as células param de se reproduzir e alcançam um estado de “velhice”. Por isso, a longitude dos telômeros é considerada um “biomarcador de envelhecimento” no nível molecular, mas não é o único.
Em outras palavras, significa dizer que alguém que não pratica exercício, mesmo possuindo 44 anos teria na verdade um corpo de 52 anos. Além disso, é fácil concluir que ficar sentado muitas horas acelera a idade biológica da pessoa, ao menos no caso das mulheres de terceira idade.
O médico Aladdin Shadyab afirmou que futuramente, o estudo irá analisar outra faixa etária de mulheres, além de incluir homens nas pesquisas, para analisar as questões de envelhecimento precoce.
Para saber mais sobre o estudo científico: https://academic.oup.com