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Biles diz que deveria ter desistido de competir antes da Olimpíada

Ginasta norte-americana disse ter se "forçado" a continuar até os Jogos Olímpicos, mas "corpo e mente" não a deixaram ir até o fim

Mais Esportes|Do R7, com informações da Agência Estado


"Eu deveria ter desistido muito antes de Tóquio", desabafa Simone Biles
"Eu deveria ter desistido muito antes de Tóquio", desabafa Simone Biles

Passados quase dois meses dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, Simone Biles voltou a falar sobre saúde mental. A norte-americana, que, dentro do esporte, se tornou expoente dos cuidados que os atletas devem ter com o corpo e a mente, abriu o jogo sobre a desistência de algumas finais olímpicas no Japão e disse que teria sido melhor ter ficado de fora da Olimpíada.

A quatro vezes medalhista de ouro, considerada um fenômeno da ginástica, revelou os impactos dos abusos que sofreu do ex-médico da seleção norte-americana de ginástica Larry Nassar, que hoje cumpre 175 anos de prisão.

"Eu deveria ter desistido muito antes de Tóquio, quando Larry Nassar estava na mídia. Eu não quis que ele tirasse tudo de mim, tudo pelo que batalhei desde os meus seis anos. Então me forcei a estar nessa situação, mas meu corpo e minha mente não me deixaram ir até o fim", desabafou Biles em entrevista à revista The Cut.

Depoimento no Congresso americano

Biles chorou durante depoimento no Congresso dos EUA
Biles chorou durante depoimento no Congresso dos EUA

Há cerca de duas semanas, a ginasta compareceu ao Senado dos EUA para falar sobre os casos de assédio. Biles culpou a federação norte-americana da modalidade e o "sistema", que teria sido conivente com a situação. Ela também denunciou o FBI por ter respondido de maneira inadequada e lenta às primeiras acusações contra Larry Nassar, que atuou na seleção nacional por 20 anos.

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"Uma manhã, você acorda e não consegue ter perspectiva, mas as pessoas dizem para você continuar e fazer seu trabalho diário como se você ainda a tivesse. Você estaria perdido, não é? Essa é a única coisa que posso relacionar. Faço ginástica há 18 anos. Eu acordei e perdi o controle. Como é que vou continuar com o meu dia?", questiona Simone Biles sobre a maneira como a saúde mental interfere no desempenho do atleta e na busca por uma vida saudável.

A ginasta também comentou o que passou em sua cabeça quando se deu conta de que não teria condições de seguir na competição após sua participação no salto na final por equipes. "É tão perigoso. É basicamente vida ou morte. É um milagre eu cair de pé. Assim que concluí o salto, fui e disse ao meu treinador: 'Não posso continuar'", contou.

Quem é Simone Biles e por que ela é tão importante para Tóquio 2020

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