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BRASILEIRO 2022

Advogada busca investidores para o Canindé após mover ação que culminou em leilão

Mais Esportes|Do R7

Advogada responsável pela ação movida por ex-jogadores da Portuguesa que culminou no leilão do Canindé, Gislaine Nunes, é quem busca agora uma solução para o fim do imbróglio jurídico. Ela alinhavou acordo com investidores para bancar o projeto de modernização do estádio e salvar o clube, que está afundado em dívidas.

A participação ativa foi uma maneira encontrada pela advogado para receber os R$ 55 milhões exigidos por seus clientes em ações trabalhistas. Apesar de o leilão continuar aberto para lances no site da Fidalgo Leilões, não há interessados. A explicação é que apenas pouco mais da metade do terreno (57 mil m²) pertence à Portuguesa. Os outros 43 mil m² são da prefeitura.

"Só vou fechar um acordo e encerrar o processo se a Portuguesa aceitar os investidores que apresentei ou me apresentar outros que sejam tão confiáveis quanto os meus", disse Gislaine.

O projeto em questão é o mesmo que foi mostrado pelo conselheiro Antonio Carlos Castanheira no ano passado e revelado pela reportagem do Estado, com participação da Conexão 3 Desenvolvimento e Negócios, Planova Planejamento e Construções e Fernandes Arquitetura.


Há previsão do pagamento de R$ 160 milhões à vista para quitar dívidas, implosão da estrutura do Canindé e construção de um hotel, um shopping, uma sede social e ainda uma nova arena para 15 mil pessoas para o time mandar seus jogos. A Portuguesa receberia mais R$ 500 mil mensais para o clube alugar um estádio a fim de disputar as partidas no período das obras.

O presidente da Portuguesa, Alexandre Barros, não quis se posicionar sobre o assunto até que as situações internas fossem resolvidas. Gislaine disse que o projeto foi aprovado e que agora depende de detalhes burocráticos para ser colocado em prática. "Confio bastante no presidente e no Castanheira para encontrar uma solução", afirmou ela. Até lá, o leilão continua ativo e pode aparecer interessado em arrematar parte do terreno do Canindé.


LUSA SANTISTA NEGOCIA ACORDO - Mandar um estádio a leilão pode servir para estimular o clube devedor a se acertar com o credor. Isso está ocorrendo em relação ao Ulrico Mursa, da Portuguesa Santista. Há leilão marcado para 3 de agosto por dívida com Renato Vasconcelos, ex-advogado do clube. As partes negociam um acordo que deve cancelar a ação.

"Esse leilão não vai acontecer. Faremos um acordo para parcelar a dívida", acredita o diretor jurídico da Santista, Rogério Conde. "Aceito parcelar em dez vezes, desde que permaneça a penhora. Feito o acordo, pedimos a suspensão", garante Vasconcelos.

Em 2015, tratativa semelhante conduzida por Vasconcelos com um hotel evitou que o estádio fosse leiloado.

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