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1.000 km a pé: quem é o corredor que escalou as 72 montanhas mais altas dos EUA em um mês

Em 31 dias, espanhol Kilian Jornet percorreu cerca de 5.000 km e escalou os principais picos do Colorado, Califórnia e Washington

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  • Kilian Jornet, ultramaratonista espanhol, escalou as 72 montanhas mais altas dos EUA em 31 dias.
  • O projeto "Estados de Elevação" envolveu 1.000 km a pé e 4.100 km de bicicleta, com ganho de 122 mil metros de altitude.
  • Jornet enfrentou condições climáticas extremas e queimou cerca de 9.000 calorias por dia durante a jornada.
  • Ele busca não apenas desafios físicos, mas também uma conexão mais profunda com a natureza ao longo do caminho.

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Kilian Jornet escalou o Monte Rainier, um percurso com 4.320 metros de ganho de elevação Divulgação/Nick Danielsson

O ultramaratonista espanhol Kilian Jornet, de 37 anos, completou uma das maiores provas de resistência já registradas: ele escalou as 72 montanhas mais altas dos Estados Unidos em apenas um mês, conectando os picos a pé e de bicicleta.

Jornet percorreu 1.000 km caminhando e cerca de 4.100 km pedalando, somando 122 mil metros de ganho de elevação – o equivalente a subir o Monte Everest 14 vezes, segundo o jornal The New York Times.


As montanhas escaladas são conhecidas como Fourteeners, por terem mais de 4.200 metros de altitude. O projeto, batizado de “Estados de Elevação”, começou no Colorado, passou pela Califórnia e terminou no estado de Washington.

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Durante o desafio, o atleta enfrentou chuva, frio extremo e calor intenso. Ele contou ao New York Times que, nos primeiros dias, chegou a duvidar se conseguiria continuar por causa do cansaço e do jet lag, mas o corpo acabou se adaptando.


“Parecia impossível aguentar mais uma semana, quanto mais um mês. Mas aí o corpo mudou, e eu deixei de lutar e passei a me adaptar”, disse. Ao longo da jornada, Jornet foi acompanhado por uma pequena equipe de apoio em um motorhome e por amigos e atletas que se juntaram a ele em diferentes trechos.

Entre eles, o ex-maratonista olímpico Ryan Hall, que relatou ter ficado impressionado com a calma e a disciplina do espanhol. “Ele parecia cheio de paz. Os picos não significavam nada para ele. Eram só uma desculpa para estar ali”, disse Hall.


9.000 calorias por dia

Durante o trajeto, Jornet queimava cerca de 9.000 calorias por dia e dormia em média seis horas por noite. Ele consumia azeite de oliva puro para manter o peso e dizia evitar café para não forçar demais o corpo.

No trecho final, já no Monte Rainier, em Washington, Jornet encarou 46 km de subida a até 4.320 metros de altitude, enfrentando ventos fortes e neve. Após 17 horas, chegou ao cume e completou o desafio.


Ao todo, foram 4.928 km percorridos, 72 picos conquistados e 31 dias consecutivos de esforço físico extremo. Jornet disse que o projeto foi uma forma de explorar não apenas o ambiente natural, mas também os limites do próprio corpo.

“Foi simplesmente divertido. Pedalar, correr, ver as paisagens e aproveitar. Eu poderia ter continuado”, disse o atleta ao New York Times. “Mas sei que, em alguns meses, vou começar a pensar em outro desafio”.

Jornada de conhecimento

Jornet afirmou à rede norte-americana CNN que o objetivo não era ser o mais rápido, mas “aprender com o caminho e se conectar com a terra e as pessoas”. Segundo ele, o ritmo de viajar a pé ou de bicicleta permite uma relação mais profunda com o ambiente.

O atleta é considerado um dos maiores nomes do esporte de resistência. Ele já venceu quatro vezes o Ultra Trail du Mont Blanc, principal corrida de montanha do mundo, e conquistou títulos na Copa do Mundo de Esqui-Alpinismo.

O espanhol também ficou conhecido por ter escalado o Everest duas vezes em seis dias, sem oxigênio suplementar. “Submetendo o corpo a desafios extremos, podemos entender melhor quem somos como humanos”, disse.

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