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Vasco encerra esporte paralímpico e atletas reclamam de 'luta desleal'

Cruz-Maltino alega necessidade de cortes devido à pandemia da COVID-19 e dispensa 128 alunos. Departamento paralímpico critica dirigentes e questiona economia das demissões

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O Vasco pôs um fim nas atividades do seu esporte paralímpico nesta semana, em meio aos impactos financeiros da pandemia da COVID-19. Nesta quarta-feira, o departamento do setor publicou uma nota nas redes sociais lamentando a decisão. O clube ainda não se pronunciou.

"Brigamos até o fim! Uma luta bem desleal porque não tivemos direito a defesa, porém o “Comitê Gestor junto com nosso Vice Presidente Francisco Vilanova e Presidente Alexandre Campello, decidiram finalizar com os esportes paralímpicos", escreveu o administrador do departamento.

O texto afirma que o esporte paralímpico ajudou o clube a captar recursos para a reforma da piscina em torno de R$ 1.200.000,00, por meio de projetos com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), e diz que, se o Cruz-Maltino tivesse as Certidões Negativas de Débito (CNDs), poderia estar recebendo verba em todos os editais.

"(O paralímpico) sai, nesse momento apequenado como parecendo uns coitados, já que não pode falar aleijados, vamos falar PCD (pessoas com deficiência) que é mais social. Sai pela porta dos fundos meio a uma pandemia sem sequer ser citado pelo Presidente nas entrevistas", diz nota.

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Dentre os destaques do esporte paralímpico do Vasco, estava o time pentacampeão brasileiro de futebol de 7, para atletas com paralisia cerebral, decorrente de sequelas de traumatismo crânio-encefálico ou de acidentes vasculares cerebrais. O clube também era forte na natação e tinha uma equipe de vôlei sentado.

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- Meu coração chega dói. Foram anos de luta dentro do clube. Dando nosso melhor, mostrando nosso melhor - disse a nadadora Camille Rodrigues, dona de três ouros e um bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015 na classe S9.

O departamento questiona a eficácia dos cortes, uma vez que a folha salarial dos treinadores era de R$ 17,8 mil mensais, enquanto outros setores que demandam gastos mais elevados não sofreram impactos. A despesa total com os paralímpicos, incluindo os atletas e alunos, era de cerca de R$ 40 mil. Um grupo de 21 esportistas de ponta recebia um salário mínimo do clube.

"O paralímpico do Vasco tem tanto carinho pelo clube que se realmente for comprovado que os R$ 17.800,00 mensais (valor total BRUTO dos vencimentos de TODA a folha salarial da comissão técnica da modalidade incluindo técnicos, auxiliares técnicos e coordenação) forem sanar a crise financeira que a “pandemia’ está gerando no clube, sai feliz por poder ter mais uma vez ajudado ao Clube, porém, se todo esse aporte financeiro mensal supracitado não influenciar em nada, sairemos com a duvida que não quer calar: Porque apenas os deficientes precisam deixar o clube, já que todos os outros atletas serão mantidos?

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