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Síndrome Vasovagal: o que é e como funciona a condição de Oscar, do São Paulo

Lance! foi entender sobre a situação médica do jogador do Tricolor Paulista

Lance

Lance|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Oscar, jogador do São Paulo, recebeu alta médica após ser diagnosticado com síndrome vasovagal.
  • A síndrome é a causa mais comum de desmaios e ocorre devido a uma resposta exagerada do nervo vago.
  • Embora não esteja ligada a problemas cardíacos graves, a condição pode ser afetada por estresse, desidratação e outras demandas físicas dos atletas.
  • O futuro de Oscar é incerto, com possibilidade de aposentadoria, e ajustes na rotina do atleta serão necessários para gerenciar a condição.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Oscar segue em recuperação Erico Leonan/São Paulo FC

Oscar recebeu alta médica neste domingo (16). O jogador do São Paulo estava internado no Einstein Hospital Israelita e chamou atenção após passar mal com um quadro de alterações cardiológicas durante exames realizados no SuperCT.

No diagnóstico, foi constatada uma síncope vasovagal. O Lance! buscou entender sob o olhar de um especialista sobre como esse problema surge e sintomas.


De acordo com o doutor Thiago Midlej, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a síndrome vasovagal é responsável por desmaios - o que pode explicar o que aconteceu com Oscar no exame.

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“A síndrome vasovagal é a causa mais comum de desmaio. Ela ocorre quando há uma resposta exagerada do nervo vago, que regula funções involuntárias do corpo, como a frequência cardíaca e a pressão arterial. O coração desacelera e os vasos sanguíneos se dilatam, levando a uma queda abrupta da pressão arterial e, consequentemente, a uma redução do fluxo de sangue para o cérebro. Essa falta temporária de oxigênio no cérebro pode causar um desmaio”, destacou.


No mais, o especialista também explicou que o diagnóstico de Oscar não é, necessariamente, atrelado a problemas cardíacos graves.

“É uma condição benigna na maioria das vezes, e não está relacionada a problemas cardíacos graves ou outras doenças sérias, embora sempre exija uma avaliação médica para excluir outras causas”, completou.


Mas o que causa este problema em um jogador profissional?

Em um jogador profissional, esta síndrome pode surgir desencadeada por algumas questões. Entre elas, altas demandas de jogos e treinos, pressão, viagens e até mesmo níveis de estresse elevados.

“Embora atletas sejam monitorados, a desidratação em campo e o desequilíbrio de eletrolítico podem também funcionar como gatilhos, especialmente em ambientes quentes. A dor aguda, comum em alguns esportes, pode ser um fator desencadeante. Importante lembrar que atletas apresentam o batimento cardíaco mais baixo e isso pode torná-lo mais vulnerável ao desmaio em alguma situações, como parar uma corrida abruptamente, por exemplo”, destacou o doutor Thiago Midlej ao Lance!.


Oscar pode precisar se aposentar?

O Lance! apurou que o futuro de Oscar é visto como incerto. Pela gravidade do quadro e pela forma como o atleta reagiu, não está descartado o cenário de aposentadoria.

O jogador tem contrato até o fim de 2026 e integra a faixa mais alta da folha salarial do elenco.

Ao falar com o cardiologista, foi explicado à reportagem que a síndrome vasovagal não causa sequelas permanentes, mas outros quadros podem surgir.

“Geralmente, a síndrome vasovagal não causa sequelas permanentes. O maior risco de sequela está associado à queda que o desmaio pode provocar, resultando em fraturas ou outros traumas. Por isso, a prevenção das quedas é fundamental. A maioria dos atletas, após investigação completa e ajuste das medidas, pode continuar suas carreiras normalmente,Lembrando que a decisão de retorno é sempre médica e, em casos refratários, muito frequentes e sem controle, que comprometa a saúde do atleta, pode ser realizada uma discussão sobre limitações de carreira”, disse.

“O atleta pode precisar fazer ajustes na sua rotina, como maior atenção à hidratação, alimentação e manejo do estresse, exigindo ajustes dos treinos. Se os episódios forem frequentes, pode levar a seu afastamento temporário, impactando a rotina de treinos e a participação em partidas importantes. Mas é importante ressaltar que, na grande maioria dos casos, não representa um obstáculo para um atleta profissional. Com a orientação médica correta e o comprometimento do jogador, clube e equipe, é possível gerenciar o problema e manter um alto nível de desempenho”, destacou.

Do lado do São Paulo, o time aguarda a decisão do jogador, que estaria decidindo os próximos passos do seu futuro conforme sua decisão.

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