Sete anos após deixar Vasco, torcida ainda sente saudade de Dedé
Zagueiro despontou no futebol nacional atuando pelo Cruz-Maltino. Foi campeão, gerou retorno financeiro e ajudou em pagamentos a funcionários
Lance|Do R7

No dia 15 de abril de 2013, um dos maiores ídolos do Vasco até o momento deixava o clube. O zagueiro Dedé, titular no campanha vitoriosa da Copa do Brasil de 2011, que ganhou destaque nacional, mas não queria deixar o lugar onde era feliz. Mas ele foi embora para o Cruzeiro e, nesta terça-feira (7), pode gerar notícia positiva em relação ao retorno à São Januário.
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O apelido de "Mito da Colina" se justificou pelo nível das atuações. Pelo Cruz-Maltino, o zagueiro foi eleito o melhor da posição pelo prêmio Craque do Campeonato Brasileiro de 2010. Na Bola de Prata, 2011 lhe rendeu premiação vestindo a cruz de malta. Mas a relação jogador-clube-torcida foi além.
Contratado pelo Vasco após Campeonato Carioca atuando pelo Volta Redonda, o ainda jovem Dedé pouco atuou em 2009, na primeira partida do cruz-maltino na Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2010, continuava pouco conhecido, e após dividir a bola com Carlos Alberto, estrela do time, o zagueiro quebrou um dedo do pé direito do meia e gerou desfalque na Taça Guanabara. A torcida tomou raiva do defensor que ainda buscava afirmação.
Dedé ficou e, aos poucos, foi mandando embora a desconfiança que vinha da arquibancada. Um dos responsáveis pela evolução improvável de Dedé é o também zagueiro Fernando, que ficou na Colina Histórica entre 2008 e 2011. De vez em quando, o pupilo, que antes colecionava atuações estabanadas, agradece ao antigo colega:
- O Fernando me dizia: "Dedé, até para dar chutão tem que ter calma" - é a frase repetida.
A calma foi obtida e a idolatria também. A Copa do Brasil de 2011 foi para São Januário, e o título do Brasileirão de 2011 ficou muito próximo. A temporada de 2012 marcou o início do crescimento da crise financeira do clube e alguns jogadores importantes, como Diego Souza, Fagner e Fernando Prass tiveram que sair. Mas o caso de Dedé foi mais dramático.
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Dirigente vascaíno na época, René Simões revelou, durante participação recente em um programa de TV, que o jogador pediu para não ser negociado com o Cruzeiro. Mas foi persuadido a mudar de ares uma vez que o valor da venda ajudaria a quitar dívidas do clube com funcionários. Nos corredores de São Januário, o zagueiro era chamado de forma carinhosa e esperançosa de "meu salário", mesmo antes da saída para Minas Gerais.
Convocações para a seleção brasileira, 12 gols marcados na temporada 2011 e valor de mercado multiplicado. O carinho foi mútuo e segue até hoje. Vendido aos 24 anos, Dedé gerou retorno financeiro para o Vasco e, na Raposa, foi bicampeão do Brasileiro e outras duas vezes da Copa do Brasil. Com o rebaixamento da Raposa, a esperança do torcedor vascaíno de ter o retorno de seu "Mito" aumentou.
O zagueiro, hoje com 31, e os representantes terão conversa importante com os atuais responsáveis pelo futebol do Cruzeiro nesta terça-feira. Ao mesmo tempo em que precisa de dinheiro em caixa, o clube mineiro também têm a redução da folha salarial como necessidade.
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