O Internacional termina 2020 carrega um espírito bem mais semelhante ao receio do que o otimismo visto nos primeiros meses do ano e um dos motivos se torna explícito: a saída de Eduardo Coudet. Porém, antes disso, vamos ver na retrospectiva, em imagens, como se desenhou também em outros aspectos o ano do Colorado.
Através da chegada de Coudet e suas anteriores demonstrações de explorar muitas opções, a diretoria do Inter investiu no mercado do início de ano e estruturou o plantel com nomes que atuaram com certa regularidade como Rodinei, Saravia, Moisés, Musto Marcos Guilherme, Boschilia, Gustavo e, principalmente, Thiago Galhardo.
Além das esperanças com os nomes do presente, a torcida do Inter viu sua categoria de base alçar voos altos na Copa São Paulo de Futebol Júnior onde o resultado dificilmente conseguiria ser mais saboroso: título na disputa de pênaltis contra o arquirrival Grêmio.
As classificações seguras e com desempenhos convincentes diante de Universidad de Chile e Tolima além dos 100% na fase de grupos do Gauchão davam suporte a tudo que era esperado do técnico que veio com as melhores recomendações. Porém, logo no primeiro embate frente ao Grêmio, o revés por 1 a 0 (que custou a queda na semifinal do primeiro turno do Gauchão) e a incapacidade de furar a zona defensiva do rival colocaram a primeira
A expectativa era gigantesca diante do primeiro encontro a nível continental dos eternos rivais de Porto Alegre. Mas, ao invés da bola rolando e apenas jogadas firmes com alguns desentendimento (como de costume), quando o jogo já se encaminhava para sua reta final houve uma confusão generalizada onde os quatro expulsos de cada lado chamaram mais a atenção do que o 0 a 0 no marcador da Arena.
Em meio a ter de reter gastos de maneira ainda mais rígida diante do processo de reabilitação que o clube financeiramente vive desde 2016, o nome do atacante uruguaio Edinson Cavani chegou a ser ventilado pelos lados do Beira-Rio. Porém, taxativamente, o hoje presidente do clube (na época vice) Alexandre Barcellos disse que o clube
Enquanto alguns estados contaram com um aumento imediato no número de casos de coronavírus, o Rio Grande do Sul se mostrou, por diversas vezes, com os números mais exemplares no controle a propagação. Não à toa, tanto o Internacional como seu rival foram os primeiros a conseguirem, respeitando os todos os protocolos de determinações estaduais, retomarem os treinamentos presenciais.
Tanto o revés na retomada do estadual como a válida pela final do segundo turno para o Grêmio e ainda a do returno na fase de grupos na Libertadores voltaram a levantar os questionamentos sobre a capacidade de Eduardo Coudet montar uma maneira do Colorado jogar para conseguir superar o eterno rival.
Contusões graves em peças de confiança por parte de Coudet como Boschilia, Saravia e, principalmente, Paolo Guerrero fizeram com que respostas exaltando um número insuficiente de atletas para aguentar a carga de jogos e a atenção em diferentes torneios se tornassem quase que um hábito. Porém, em meio a esses problemas, foi exaltado também a capacidade de Thiago Galhardo não apenas exercer a função habitual de criador, mas se aventurar com sucesso sendo a figura de referência ofensiva do Inter, se tornando o artilheiro da equipe na temporada.
Quando parecia que o comando do Internacional poderia demorar a sofrer modificações, chega a indesejada informação pro torcedor do Colorado e, em um espaço de dias, Eduardo Coudet passa de comandante do projeto na busca por um título de Libertadores, Copa do Brasil ou Brasileirão a ex-treinador do clube. O destino? O futebol espanhol, mais precisamente o Celta de Vigo.
A aposta de reposição ao trabalho que era bem estruturado ficou com o velho conhecido Abel Braga em escolha de bastante divisão entre agrado e desagrado. Entretanto, a somatória de fatores como a falta de tempo de treinos bem como o choque de culturas de trabalho deixaram o Inter apenas na expectativa em duas das alternativas (Liberta e Copa do Brasil) e bem afastado da ponta no BR-2020.
Em meio a sequência de dois resultados que levantaram o astral da equipe no Brasileirão e a clara possibilidade de Abelão deixar o clube após o jogo contra o Bahia no domingo (27), o último grande fato de 2020 não pode ser outro que a despedida de D'Alessandro do clube. Uma história com mais de 500 jogos, 12 títulos e o cerimonial carregado com a emoção e pompa dignas de um dos maiores ídolos não apenas dos tempos modernos, mas de toda a existência do Inter.
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