Após quase dez meses, na tarde deste domingo (27), o Palmeiras voltou a enfrentar o Flamengo no Allianz Parque e, novamente, não saiu com a vitória, tendo empatado por 1 a 1. A última vez em que os clubes haviam se enfrentado na arena alviverde foi em dezembro de 2019, uma data marcante para o lado palmeirense: teve queda de treinador, promessa de ‘revolução’ e um ‘até breve’ para o estádio, que passaria por reformas. Confira o que mudou desde então!
A consequência imediata da derrota por 3 a 1 contra o Flamengo no Allianz Parque foi a demissão de dois grandes nomes do departamento de futebol alviverde: o diretor Alexandre Mattos (que estava no clube desde janeiro de 2015) e o técnico Mano Menezes
Na mesma coletiva em que anunciou a demissão de Mattos e Mano, Galiotte prometeu uma espécie de ‘revolução’ no clube. - O futebol está mudando e o Palmeiras precisa acompanhar estas mudanças - afirmou o presidente palmeirense.
Em 15 de dezembro, um dia após divulgar, via imprensa, que encerrava negociações com o técnico argentino Jorge Sampaoli, o Palmeiras anunciou Vanderlei Luxemburgo como seu novo treinador. - Eu tenho um clube de DNA de Academia. Mas isso não quer dizer que eu não tenho um time técnico, que não possa ser extremamente defensivo. A marcação começa no ataque - comentou Luxa, em sua coletiva de apresentação.
Uma mudança significativa, de fato, aconteceu: o Palmeiras iniciou sua temporada com oito atletas recém-promovidos da base, algo totalmente contrário ao padrão de ‘time gastador’ dos últimos anos. Isso sem contar Iván Angulo, que foi promovido e, logo em seguida, emprestado ao Cruzeiro, e Artur, que retornou de empréstimo do Bahia e foi vendido ao Red Bull Bragantino.
Outra grande mudança foi a implementação de um gramado sintético no Allianz Parque, que passou a permitir ao Alviverde utilizar seu estádio menos de um dia depois de um show no local. Também há vantagem esportiva de ter um ‘tapete’ em que a bola rola mais facilmente.
Além do maior uso da base, o Palmeiras, agora com Anderson Barros como diretor de futebol, também foi mais acuado no mercado. Apenas dois jogadores foram anunciados como reforços em 2020: o atacante Rony e o lateral-esquerdo Matías Viña.
Logo após a contratação do atacante Rony, o técnico Vanderlei Luxemburgo precisou ‘quebrar a cabeça’ para encaixar todos os nomes de peso na equipe titular. A solução encontrada foi abdicar de um ‘camisa dez’ clássico e posicionar Dudu para realizar a função de um meio-campista flutuante. Uma das melhores atuações do time no ano ocorreu com esta formação, contra o Guaraní (PAR), no Allianz Parque, pela fase de grupos da Libertadores.
Com o avanço da pandemia da Covid-19 em março, o futebol brasileiro foi paralisado e só voltaria no final de julho. Durante o período de quarentena, Dudu, principal nome do Palmeiras, foi emprestado (com opção de compra) ao Al-Duhail, do Catar. Assim, Luxemburgo teria que, novamente, encontrar uma formação para a equipe.
Após a volta do futebol, o Palmeiras avançou para a fase de mata-mata do Paulistão 2020 e chegou à final, onde enfrentaria o arquirrival Corinthians. Assim como em 2018, o jogo de ida seria em Itaquera e a finalíssima, no Allianz Parque. No entanto, diferentemente de dois anos atrás, o Verdão se superou e foi campeão. A campanha contou com protagonismo de Patrick de Paula, que fez o gol da classificação na semifinal e converteu o último pênalti da disputa na decisão.
Luxemburgo é o técnico que mais se valeu do aumento do número de substituições (de três para cinco) no país: são 19 jogos do Palmeiras com a nova regra e 94 alterações, ou seja, uma abaixo do máximo possível (a única vez em que entraram apenas quatro atletas foi contra o próprio Flamengo). Bruno Henrique foi o reserva mais utilizado desde a mudança na regra, tendo entrado em campo 12 vezes com o jogo já em andamento.
Invencibilidade: o Palmeiras está há 18 jogos sem perder, sendo esta a maior sequência em oito anos. Desses jogos, 11 são do Brasileirão (a equipe não foi derrotada na competição até agora), no entanto, são mais empates do que vitórias: sete (dois destes, em casa contra adversários com mais de quinze atletas desfalcados por Covid-19) contra quatro. Outra marca importante é a invencibilidade em casa – o Verdão não sabe o que é ser batido como mandante em 2020.
Na entrevista coletiva após o empate por 0 a 0 contra o Guaraní-PAR na última quarta-feira (23), o técnico Vanderlei Luxemburgo deu um claro sinal de que a preocupação com o ‘jogo ofensivo’ foi deixada de lado em detrimento dos resultados. - Todos os jogadores e comissão estão satisfeitos porque avançamos perto da classificação. Um empate aqui contra o forte time do Guarani, é um grande resultado - afirmou o técnico, após o time ter acertado apenas duas finalizações no gol em 90 minutos.
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