Muita água! Lembre momentos em que chuvas castigaram o Maraca
Fluminense e Luverdense, pela terceira fase da Copa do Brasil, entra para triste lista na qual alagamentos causaram improvisos, interrupções e até adiamentos de partidas
Lance|Do R7
A chuva roubou a cena em boa parte do triunfo do Fluminense sobre a Luverdense, por 2 a 0, que classificou o Tricolor das Laranjeiras à quarta fase da Copa do Brasil na última quarta-feira. Mesmo transferida de terça para quarta-feira devido ao temporal do Rio de Janeiro, a partida não escapou das consequências do mau tempo. Com o gramado do Maracanã castigado por poças d'água, houve pouco futebol na etapa inicial.
Contudo, esta não é a primeira vez que as fortes chuvas do Rio de Janeiro trazem consequências ao Maraca. O LANCE! relembra momentos em que as enchentes atrapalharam o futebol carioca.
FLAMENGO 2x1 VASCO - 2015
Flamengo cantou na chuva em vitória sobre o Vasco (Alexandre Loureiro/Lancepress!
Há quatro anos, o embate entre Flamengo e Vasco era pontuado por uma chuva intensa no Maracanã. Logo no início, a bola que Martín Silva lançou com as mãos para Rodrigo parou em uma poça d'água. Alecsandro não perdoou e abriu o placar para os flamenguistas.
Logo depois, o temporal ficou mais forte, a ponto de o Clássico dos Milhões ser interrompido por 30 minutos. Os vascaínos igualaram com Gilberto. Na volta de um intervalo que durou 20 minutos, Alecsandro, de pênalti, decretou a vitória por 2 a 1 do Flamengo, em jogo com quatro expulsões.
FLAMENGO 2x2 UNIVERSIDAD DE CHILE - 2010
Alagamento no entorno e no gramado afetaram jogo na Libertadores (Cleber Mendes/Lancepress!
Em 2010, a chuva causou o adiamento de uma partida pela Copa Libertadores. O entorno e o gramado do Maracanã ficaram completamente alagados, não dando condições para a realização entre Flamengo e Universidad de Chile, marcada para 6 de abril.
Após idas e vindas, a partida foi disputada dois dias depois. A equipe chilena abriu o placar e o Flamengo foi aguerrido em busca da virada. No entanto, na reta final, a La U garantiu o empate em 2 a 2.
FLUMINENSE 0x2 PARANÁ - 1998
Jogador tricolor tenta dar carrinho: Paraná leva a melhor em jogo cercado por chuva (Reprodução / YouTube
O dia 19 de fevereiro de 1998 também viu sequelas da chuva afetarem uma partida no Maracanã. Com túneis e vestiários alagados, jogadores de Fluminense e Paraná tiveram de entrar em campo com as chuteiras já encharcadas para definir o seu futuro na primeira fase da Copa do Brasil.
Em meio a partes do gramado com poças d'água e tufos de grama soltos que comprometeram a partida, os paranistas levaram a melhor em jogo com 302 pagantes. Rafael e Reginaldo Vital garantiram o triunfo por 2 a 0, que eliminou o Tricolor das Laranjeiras da competição.
FLUMINENSE 2x1 SÃO PAULO - 1998
Dilúvio em meio a clássico de tricolores em 1998 (Reprodução)
No mesmo ano, outro jogo envolvendo o Fluminense foi castigado pelo gramado. Válida pelo Torneio Rio-São Paulo, a partida diante do São Paulo trouxe uma sucessão de divididas e bolas paradas em poças, além do gramado ficar muito coberto por lama.
O Tricolor paulista saiu na frente, com Dodô. Porém, Flavinho e Roni decretaram a vitória por 2 a 1 da equipe das Laranjeiras.
VASCO 2x1 FLAMENGO - 1989
Chuva forte deixou gramado do Maracanã esburacado e com poças (Reprodução / Jornal dos Sports)
O temporal no Rio de Janeiro afetou também um Vasco e Flamengo que era crucial para manter o Rubro-Negro vivo na busca pelo título da Taça Rio de 1989. O clássico marcado para 12 de junho deixou os gramados com poças d'água e buracos de até 20 centímetros de profundidade.
A partida foi remarcada para o dia seguinte. O Vasco, que já estava eliminado, sepultou as chances do seu rival, ao vencer por 2 a 1, com gols de Roberto Dinamite e Paulo Roberto (Bebeto marcou para o Flamengo). O triunfo acabou dando o troféu da Taça Rio ao Botafogo.
BRASIL x URSS - DESAFIO DE VÔLEI - 1983
Duelo entre Brasil e União Soviética foi marcado por adiamento e improvisos (Foto: Sebastiao Marinho)
O futebol não foi o único esporte afetado pela chuva do Rio de Janeiro. O Desafio de Vôlei entre Brasil e União Soviética realizado no Maracanã lidou com apuros devido ao mau tempo. Primeiramente, uma forte chuva transferiu a partida de 17 para o dia 26 de julho. Mas a mudança não adiantou muito.
Após o primeiro set ser interrompido por um novo temporal, o improviso entrou em cena. O técnico soviético Viacheslaz Platanov decidiu pegar os tapetes que levavam os atletas até os vestiários para forrar o espaço no qual ocorria o duelo de vôlei.
Esparadrapos formaram a linha de 3 metros. À medida que a chuva apertava, os atletas enxugavam o chão. Atletas como Bernard optaram por jogar com um par de meias. A Seleção Brasileira de Vôlei venceu por 3 sets a 1.
VASCO 1x0 FLAMENGO - 1981
Em 1981, Dinamite calou a torcida do Flamengo que já gritava 'é campeão' na chuva (Foto: Reprodução)
A tensão do segundo jogo da decisão entre Flamengo e Vasco, pelo Campeonato Carioca de 1981, ficou ainda maior devido às fortes chuvas que castigaram o Rio de Janeiro. A delegação do Rubro-Negro atrasou, porque ficou por 25 minutos no engarrafamento na Praça da Bandeira. Quando todos já estavam no estádio, o árbitro atrasou o início da partida por 30 minutos, devido ao forte alagamento do gramado.
Mesmo assim, o Clássico dos Milhões esbarrou em poças d´água e em um segundo tempo violento. O Flamengo, que precisava de um empate para dar a volta olímpica, já via sua torcida soltar o grito de "é campeão". No entanto, no finzinho, Roberto Dinamite aproveitou a sobra para decretar a vitória por 1 a 0 do Vasco. Ele e os demais jogadores, com os uniformes cobertos de lama, foram para a torcida. O triunfo obrigava a realização de um terceiro jogo (conhecido como "Jogo do Ladrilheiro, no qual o Fla foi campeão com um 2 a 1).