Morte de Maradona: testemunha declara mentira de médico em relatório
Rodolfo Benvenuti revelou que Leopoldo Luque não operou o argentino
Lance|Do R7

Nesta quinta-feira (24), durante o julgamento da morte de Maradona, o cirurgião Rodolfo Benvenuti relatou que o médico pessoal do ídolo argentino, Leopoldo Luque, falsificou um relatório dizendo que havia sido ele o responsável pela última cirurgia do ex-jogador. Diego Armando Maradona morreu em novembro de 2020, quando sofreu parada cardiorrespiratória em casa. Ele se recuperava de uma cirurgia no cérebro.
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Benvenuti, testemunha da audiência desta quinta, explicou que foi convocado po Víctor Stinfale, que foi advogado e amigo íntimo de Maradona, para avaliar se Leopoldo Luque era o médico adequado para operar o argentino do hematoma subdural que fez com que Maradona entrasse em cirurgia no dia 3 de novembro de 2020, três semanas antes de sua morte.
— Stinfale teve um confronto forte com Luque, porque Luque insistia que ele mesmo faria a operação. Houve uma situação bastante tensa sobre quem operaria Diego Maradona — relatou Benevenuti ao tribunal. O cirurgião argumentou que Luque não era o profissional adequado para fazer a cirurgia pois, apesar de ser neurocirurgião, ele atuava mais com foco em intervenções na coluna. As filhas de Maradona apoiaram a posição de Benevenuti. O relato continuou: — Luque aceitou não operar Maradona quando Stinfale lhe disse que não se importava se ele colocasse seu nome como responsável pela cirurgia; o que lhe importava era que o melhor profissional operasse Diego ➡️Morte de Maradona: psicológa é acusada de se relacionar com craque em sessões Portanto, de acordo com o depoimento de Rodolfo Benevenuti, Stinfale operou Maradona, mas o feito foi creditado a Luque. "Foi então que saiu o relatório e Luque apareceu como o primeiro cirurgião", acrescentou Benvenuti. Depoimento de Víctor Stinfale sobre a morte de Maradona Na última terça-feira, Víctor Stinfale afirmou que operou Diego Armando Maradona a pedido do próprio e que Gianinna, filha do argentino, concordou que Luque não poderia realizar a cirurgia. Neste processo, os juízes Maximiliano Savarino, Verónica Di Tommaso e Julieta Makintach deverão determinar se sete dos oito acusados são culpados pelo crime de homicídio simples com dolo eventual. A pena máxima pode chegar a 25 anos de prisão para os acusados.