Marta revela orgulho, certa frustração e critica atuação da árbitra em lance polêmico
Brasileira reclamou de pênalti não marcado no primeiro tempo de Brasil x EUA
Lance|Do R7
A medalha de prata do Brasil no futebol feminino teve um gosto amargo para Marta. Isso porque a Rainha do Futebol se despede das Olimpíadas com lágrimas, três vices e sem conseguir conquistar o ouro com a Seleção. No entanto, na visão da camisa 10, a arbitragem da partida contra os Estados Unidos contribuiu para o resultado final do confronto.
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- Fica um pouco de frustração. No primeiro tempo inteiro, principalmente, dominamos o jogo, criamos oportunidades, poderíamos ter feito no mínimo uns dois gols para dar uma tranquilidade maior, mas não fomos felizes nas finalizações, faz parte de uma final. A gente tem que saber ser fria também na hora da finalização, já que faz a diferença no final das contas. Como eu falei, também temos que falar da árbitra. Eu acredito, vi o replay, e acho que foi pênalti claro, mas está tudo certo. Já sabíamos que jogar contra os Estados Unidos era difícil, porque temos que jogar contra elas e, normalmente, contra os árbitros também - disse Marta, em entrevista à Cazé TV.
O lance em que Marta se refere aconteceu aos 21 minutos do primeiro tempo, quando Adriana disputava bola com Dunn na área dos Estados Unidos e foi derrubada, pedindo pênalti. O VAR verificou o lance, mas manteve a decisão de campo de não assinalar a falta dentro da área.
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Aos 38 anos, Marta deve se despedir das Olimpíadas nesta edição. Assim como o Brasil, a camisa 10 também tem três medalhas de prata no futebol feminino nos Jogos Olímpicos, sendo vice também em Atenas (2004) e Pequim (2008), ambas com derrotas para as estadunidense.
- Sensação de orgulho, muito orgulho, eu acho que quando ganhei a medalha de prata nas duas vezes, em 2004 e 2008, não senti tanto orgulho como estou sentindo agora. Foram 16 anos esperando voltar a uma final de Olimpíada e pelos históricos anteriores da seleção, vamos ser sinceros, quase ninguém estava acreditando que o Brasil chegaria à final e sairia com uma medalha - disse Marta.
- Essa confiança que a gente depositou no trabalho do professor Arthur e a maneira como a gente soube lidar com altos e baixos desta competição, atletas machucadas, eu fiquei dois jogos fora, a galera começa a falar mal, e a gente realmente tentou minimizar os empeciljhos, nos fechamos e chegamos à final. Essa medalha representa o resgaste do orgulho que a gente tem em ver que o futebol feminino do Brasil pode ser competitivo, tem talento, mas precisa ser mais valorizado. Muita gente não assiste ao futebol feminino, mas quando a gente perde é o primeiro a criticar - desabafou a jogadora.