Maracanã, 70 anos: lembre grandes momentos do 'Maior do Mundo'Grandes competições, como duas Copas do Mundo, já foram realizadas no estádio, além de tantos jogos inesquecíveis entre clubesLance|Do R715/06/2020 - 07h00 (Atualizado em 05/04/2024 - 06h49)twitterfacebooklinkedinwhatsappgoogle-newsshareAlto contrasteA+A-Duas Copas, uma Copa das Confederações, um Pan-Americano, uma Olimpíada... Não faltam histórias (boas ou más) em 70 anos de Maracanã. Confira! A primeira melancolia do estádio veio em 16 de julho. Bastava um empate para a Seleção Brasileira conquistar pela primeira vez uma Copa do Mundo. Friaça abriu o marcador. Mas Schiaffino igualou e, na reta final, Ghigghia avançou pela direita e bateu rasteiro, fazendo o gol da virada por 2 a 1. O Uruguai era campeão do mundo, diante de 200 mil brasileiros emudecidos. No dia 21 de abril de 1957, Didi abriu caminho para a Seleção Brasileira sonhar com o inédito título mundial. Com sua letal "Folha Seca". A confusão tomou conta da final do Campeonato Carioca de 1966. O Bangu garantia o título com um 3 a 0 sobre o Flamengo. Mas, aos 24 minutos da etapa final, o banguense Ladeira cometeu falta no rubro-negro Paulo Henrique. O temperamental Almir Pernambuquinho revidou dando um tapa no adversário e uma pancadaria generalizada tomou conta do Maraca. O árbitro Aírton Vieira de Moraes expulsou nove jogadores - cinco do Rubro-Negro e quatro do Alvirrubro. Mesmo assim, a torcida do Bangu pôde, naquele 18 de dezembro de 1966, soltar um grito de gol. O passaporte da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1970 foi carimbado diante do maior público oficial do Maraca entre seleções nacionais: 183.341 pagantes assistiram à vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai. O gol foi marcado por Pelé. O clima esquentou no confronto entre Brasil e Uruguai, pela Taça do Atlântico, em 1976. Outro esporte entrou em cena no Maracanã. O Desafio Internacional de Vôlei entre Brasil e União Soviética, marcado para o dia 17 de julho de 1982, mudou para o dia 26 devido ao mau tempo. Mas não conseguiu driblar a chuva, que novamente compareceu para render momentos inusitados. O Bangu chegou à final do Campeonato Brasileiro de 1985 e entrou em campo apoiado por banguenses, rubro-negros, flamenguistas, vascaínos, americanos... Mas, após dramático empate em 1 a 1, o Coritiba se sagrou campeão nos pênaltis, com vitória por 6 a 5. Em 6 de fevereiro de 1990, Zico fez sua despedida oficial do Flamengo. Com colegas como Júnior, Adilio, Andrade, Leandro e Nunes, ele jogou pelo rubro-negro no empate em 2 a 2 com a Seleção do Mundo, que reuniu jogadores como Taffarel, Falcão, Kempes e Rummenigge. Em 19 de julho de 1992, uma tragédia abalava as estruturas no Maracanã. Antes da decisão do Brasileiro, entre Flamengo e Botafogo, um setor da arquibancada destinado a rubro-negros desabou, causando a queda de diversos torcedores. Segundo informações do Presidente da Suderj na época, Márcio Braga, o episódio era "uma tragédia anunciada". Em 24 de março de 1993, outro jogador que marcou época no Maracanã se despedia dos gramados. Vascaínos deram adeus a Roberto Dinamite, em amistoso no qual a equipe comandada por Joel Santana teve o reforço luxuoso de Zico, que vestiu a camisa cruz-maltina por 45 minutos. Nem o revés por 2 a 0 para o La Coruña, que na época tinha como astro Bebeto, tirou a emoção da torcida. Os vascaínos ovacionaram Roberto em sua volta olímpica ao ser sacado. O Maracanã estendeu seu tapete para ser palco dos Jogos Pan-Americanos de 2007, que teve como sede o Rio de Janeiro. Houve também jogos no Maracanãzinho e no Parque Aquático Júlio Delamare. A festa foi da Alemanha no Maraca. Com gol de Mario Götze na prorrogação, os alemães bateram a Argentina por 1 a 0, após uma decisão acirrada. Era o tetra! O Maracanã também foi palco dos Jogos Olímpicos de 2016. Além de jogos inesquecíveis do Fluminense, de nomes como Castilho, Edinho e Rivellino, e do Botafogo, com Garrincha, Nílton Santos, Jairzinho e tantos outros também. Foi lá, ainda, que o Santos, na era Pelé, se sagrou bicampeão mundial em 1963. O esperado ouro olímpico no futebol masculino foi conquistado no Maracanã. Após golear Honduras por 6 a 0 na semifinal, o estádio abrigou uma final dramática da Seleção contra a Alemanha. No tempo normal, empate em 1 a 1. Passada uma disputa de pênaltis eletrizante, Weverton brilhou para Neymar consolidar a inédita medalha no esporte. Em 2019, foi a vez da Copa América retornar ao Maracanã. Apesar de astros como Messi (foto), Soteldo, Cavani, Suárez e Guerrero passarem pelo estádio, outra seleção celebrou. A Seleção Brasileira manteve sua tradição de ser sempre campeã quando é anfitriã do torneio. Everton Cebolinha, Gabriel Jesus e Richarlison sacramentaram a vitória por 3 a 1 sobre o Peru. O Maraca também tem um evento tradicional para a torcida carioca. Promovido por Zico (maior artilheiro da história do estádio) ao fim de cada ano. Um evento tradicional no Rio de Janeiro foi a chegada de Papai Noel. google-newsfacebooktwitterwhatsapplinkedinshare