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Luana Silva é vice-campeã em Saquarema; Brasileiros são eliminados na etapa masculina

Em final inédita, a brasileira foi derrotada por Molly Picklum; Miguel Pupo para nas semis e Ítalo não avança às quartas

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Lance|Do R7

Luana Silva nas quartas de final em Saquarema (foto: instagram WSL Brasil) Luana Silva nas quartas de final em Saquarema (foto: instagram WSL Brasil)

A WSL chegou às etapas finais na manhã deste domingo (29), em Saquarema, no Rio de Janeiro. O destaque ficou na bateria feminina com Luana Silva, que ficou com o vice-campeonato ao ser superada pela australiana Molly Picklum. Foi a primeira vez que a brasileira chegou a uma decisão em casa.

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Na bateria masculina, as expectativas eram sobre Ítalo Ferreira e Miguel Pupo. Porém ambos foram eliminados na sequência das etapas. O surfista medalhista olímpico ficou nas quartas de final, quando foi superado pelo australiano Ethan Ewing. Já o paulista, que protagonizou um duelo brasileiro na fase anterior, disse adeus à etapa de Saquarema nas semifinais ao perder para o norte-americano Cole Houshmand.

Ítalo é superado e deixa mar de Itauna bastante irritado


Ítalo e Ewing tinham 35 minutos para pegaram as melhores ondas e impressionarem os jurados para garantirem a classificação. O brasileiro mostrou que estava em casa e saiu logo na frente nas pontuações pegando as primeiras ondas da bateria e garantiu uma nota de 4,83, levando a torcida à loucura.

Ítalo viu o início como uma oportunidade de ampliar sua vantagem e garantiu uma segunda onda com nota de 6,40 após uma boa sequência, com três rajadas. Ainda com 22 minutos de batéria, ele mantinha a pontuação à frente, até que o australiano começou a pontuar.


Ewing emblacou uma onda nota de 5,50, porém precisava de 5,74 para assumir a liderança. Nos 15 minutos finais, Ítalo conseguiu uma nota 7,0, após um aéreo no mar e fez com uma que uma nota fosse descartada pelo bom resultado. Em seguida, Ethan implacou uma nota 8,0 e virou sobre o brasileiro.

Para voltar à liderança, o campeão olímpico de Tóquio precisava de 6,51 para que voltasse a liderança da bateria. No entanto, o australiano administrou o tempo devido à vantagem, não dando brecha para Ítalo pontuar e vencer a bateria.


Com seis minutos para o fim da bateria, Ítalo precisava de uma nota de 7,44 para que pudesse avançar às semifinais, porém o mar não contribuiu e teve que dar adeus a competição após as notas do adversário. 

Miguel Pupo x Cole Houshmand nas semifinais

Para chegar até as sonhadas finais, Miguel Pupo teve que enfrentar Cole Houshmand. O americano saiu na frente, abriu vantagem perante o brasileiro ao implacar uma sequências de ondas, que o fizeram pontuar. Miguel, nesse momento, não ficou com muitas sobras das ondas, colocando o desafio lá no alto ao fazer com que ele tivesse uma nota de 9,39 para estar vivo na competição.

Provocando a torcida que estava mandando boas vibrações, Cole teve uma nota de 7,73. Mas a resposta veio rápido após uma boa onda do Miguel, que levantou a público presente e apimentou a luta para conseguir a vaga na grande final da etapa. Mesmo com a distância encurtada pelo brasileiro, ele ainda precisava de uma nota de 7,73, para que conquistasse a vantagem na bateria pela primeira vez. Os surfistas foram obrigados a lidar com a instabilidade das ondas, com isso, a vantagem imposta pelo americano se tornou cada vez mais difícil de ser alcançada. 

Nos minutos finais da bateria, à espera de um milagre do mar e sabendo que teria que tirar uma nota superior a 7, mesmo após uma ótima manobra, Miguel somou somente 6,5 e resultado eliminou o brasileiro da etapa de Saquarema.

Mesmo com a energia e apoio da torcida, o surfista estava conciente de que teve um resultado expressivo em sua carreira, mas infelizmente não foi suficiente para chegar até a bateria final na Região dos Lagos. Nas outras sete oportunidades em que a etapa do campeonato foi realizada em Itaúna, somente em 2002, o título masculino havia ficado nas mãos de um estrangeiro, o australiano Taj Burrow. Nas demais edições, os brasileiros sempre levaram a melhor.

—  Bateria difícil né, ele abriu com uma nota 5,67 ali, ai veio logo atrás e conseguiu um 7. E a partir dali, eu tive que começar a buscar uma onda melhor e uma onda da série, eu fiquei focado na onda da série. Ele acabou pegando uma mais embaixo, que pelo jeito foi muito boa, que mesmo sendo pequena ele manobrou muito bem, tirou uma nota alta. E a partir dali, eu comecei a minha busca, consegui botar um 7 na mesa e foi esperar uma onda, mas o mar tava mais devagar hoje. Dei o meu melhor, dentro das circunstancias que eu iniciei o evento e sair daqui com a terceira colocação é algo muito bom — falou Miguel Pupo após termino da bateria.

— Pessoal deve ta até bravo comigo, tirei todos os brasileiros e depois perdi, mas feliz com a campanha, obviamente vencer o Felipe e o Yago, dois gigantes que eu tive que bater e infelizmente, eu queria muito ta nessa final, queria obviamente ir pra casa com o maior troféu e dar orgulho pra todo mundo aqui, minha família. Mas a gente tem a Luana na final também, mais uma chance e feliz com a campanha, com o meu surfe — compartilhou o surfista que, com resultado desse domingo, voltou ao top 10 do ranking mundial.

Semifinal e final inédita com Luana Silva 

Na primeira bateria da semifinal do dia, com participação brasileira, Luana Silva teve a missão de derrotar a americana Caroline Marks, em uma bateria de também 35 minutos. Desde os primeiros minutos, a Luana estava confiante e fez com que a adversária corresse atrás do resultado a todo momento. 

Com nota superior, Luana usou o tempo ao seu favor e com o somatório das notas em 9,17, teve a vantagem imposta logo de início. Aos 19 minutos da bateria, as surfistas ficaram a espera de uma série de ondas e Caroline estava com pressão ao ter que garantir uma nota de 6,40, para que tivesse na frente da brasileira.  

Com a instabilidade do mar, as surfistas tieveram que trabalhar muito para pontuar. Com pontos à frente, a americana teria que ter uma nota de 7,66 para que pudesse aplicar a vantagem sob a surfista brasileira e com o passar do tempo, a missão não ficou fácil para Caroline, que não teve pontuação competitiva para avançar para a próxima fase. Com isso, vai ter Brasil na final feminina com a jovem Luana, de 21 anos, surfando em casa com a força da torcida e ela teria pela frente a australiana Molly Picklum.

— Foi muito importante começar forte, eu sabia que seria dificil enfrentar a Caroline, mas eu tive que me segurar, não foi fácil, as ondas estavam muito inconstantes. É loucura com doideira, eu não sei explicar, sem palavras… Quando eu entrei no mar e olhei para trás e vi a praia cheia, lotada, nunca vivi uma coisa dessa. Então, é muito legal fazer parte das finais aqui em Saquerema — compartilhou Luana após saída do mar.

Já a final atraiu todas as atenções e as expectativas estavam altas, já que uma brasileira voltou à final após 26 anos em Saquarema. Luana entrou no mar para enfrentar a australiana Molly Picklum, que pegou uma ótima primeira onda, combinada com boa pontuação. A brasileira teve que remar muito para que garantisse ondas competitivas para alcançar altas notas.

Ainda à espera de sua primeira oportunidade, viu sua adversária aumentara vantagem na segunda onda e o grau de dificuldade piora ao ter que conseguir uma nota de 9.90 para se colocar a frente. Mas a tarefa não seria nada fácil, mesmo com a grande caminhada feita pela brasileira até as finais, a australiana não teve erros, conseguiu uma ótima sequência de ondas e notas altas como um 8,17.

Em certo momento da bateria, Luana conseguiu um 6,63, mas ainda precisaria cravar um 8,37 para vencer. A demora a se conectar com o mar nessa bateria final fez com que o título de Saquarema ficasse com Molly Picklum.

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