Lembre o escândalo da Máfia da Loteria EsportivaLance|Do R711/05/2023 - 20h28 (Atualizado em 03/04/2024 - 13h39)facebooklinkedinwhatsappgoogle-newsshareAlto contrasteA+A-Lembre a história do escândalo da Máfia da Loteria Esportiva, um esquema criminoso de manipulação de resultados de jogos de futebol, com dezenas de participantes envolvidos em todo Brasil. A Máfia da Loteria Esportiva foi um esquema criminoso, denunciado pela revista Placar em outubro de 1982, que manipulava os resultados de partidas de futebol para garantir que os apostadores envolvidos no esquema lucrassem com os resultados dos jogos. A loteria esportiva era uma modalidade de aposta, mantida pela Caixa Econômica Federal, com o objetivo de adivinhar resultados de partidas de futebol. Em 22 de outubro de 1982, após 12 meses de apurações, o repórter Sérgio Martins revelou o envolvimento de 125 acusados de participar diretamente do esquema. Árbitros, jogadores, personalidades e cartolas estavam envolvidos, incluindo dois campeões mundiais pela Seleção Brasileira: Amarildo (1962) e Marco Antônio (foto) em (1970). O esquema consistia em manipular resultados em partidas de futebol, para beneficiar um grupo de apostadores na Loteria Esportiva, principal jogo de azar da época. Flávio Moreira, que trabalhava na Sport Press (agência de notícias), passou a ser o principal informante do grupo na fabricação e escolha de resultados, que contava com João Nunes da Costa Filho (gerente de uma agência bancária do Banco Econômico) como um dos cabeças do esquema. Além de Costa Filho, o grupo era formado por Garcia, que trabalhava como contador, e Triunfo, que era dono de uma lotérica. Flavio Moreira, arrependido do envolvimento com o esquema de manipulação, virou uma das principais fontes da reportagem que conseguiu expor a Máfia. A Polícia Federal só começou a ouvir os primeiros acusados um mês após as denúncias. Em 1985, após três anos e dois meses de investigação, a Polícia Federal encerrou o inquérito sobre a Máfia da Loteria Esportiva, mas apenas 20 pessoas foram indiciadas pela dificuldade de encontrar provas. A conclusão do inquérito, realizada pelo Delegado Paulo Lacerda, foi a de: “não existia uma organização de manipulação, mas apenas alguns grupos isolados”. A lentidão do processo fez com que todos os crimes acabassem prescritos, e nenhum deles recebeu as devidas punições. A Máfia da Loteria deixou um legado de corrupção e impunidade no futebol nacional. google-newsfacebookwhatsapplinkedinshare