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Laura Pigossi supera perrengue, leva seu maior título em Pune e vira Nº 2 do Brasil

Esta foi a sexta conquista da paulistana, segunda na temporada

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A tenista paulistana Laura Pigossi, número 377 do mundo, conquistou, neste domingo, seu maior título na carreira, em Pune, na Índia, evento sobre o piso duro com premiação de US$ 25 mil.

Na final ela derrubou a quinta favorita, a ucraniana Marianna Zakarlyuk, 489ª colocada, por 6/0 3/6 7/6 (7/5). Pela conquista ela marcará 50 pontos no ranking e vai subir para ficar entre as 330 do mundo (no momento seria a 324ª). Com a posição, ela vai se consolidar como a nova número dois do país passando Beatriz Haddad Maia e Carol Meligeni.

"Foi um jogo bem difícil, já joguei várias vezes com essa menina, o último jogo eu tava ganhando de 6/0 1 ou 2 a 0 e perdi 7/6 no terceiro set com três match-points, ela sacando, na primeira rodada de um torneio de US$ 15 mil no fim do ano passado. Ela joga muito bem, é muito agressiva, na quadra rápida faz muito estrago quando acerta as bombas dela. Mas hoje continuei lutando até o fim, difícil fechar o jogo para ganhar um torneio, tinha isso bem claro na minha cabeça que continuaria lutando e mostrando que queria o jogo e se em algum momento ela desse um deslize eu agarraria com as duas mãos e no final deu certo", celebrou a paulista que vive na Espanha e treina na Adin Tennis Academy de GermanPuentes e Albert Portas, em Barcelona, na Espanha.

Pigossi contou o drama que foi para entrar em Pune na Índia diante de todas as restrições diante da pandemia do COVID-19.

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"Foi uma conquista muito especial pra mim. Foi muito difícil vir pra cá, eles pediram muitas cartas, cinco dias antes colocaram uma regra de fazer quarentena se voasse por Bengaluru só precisava fazer um PCR no aeroporto. Pediram carta da organização, carta do governo, do Ministério, visto, tinha que mandar passaporte pra Madri, visto demorava oito dias pra sair , tive que contratar um gestor para me ajudar nisso. Precisou de carta da Federação espanhola (RFET) dizendo que eu era Federada para fazer o visto em Madri. Por muito pouco eu não vim pra cá. Eu estava jogando sábado na Tunísia, torneio aqui começava na terça. A viagem foram dois dias e meio, consegui chegar na terça à tarde pra jogar no dia seguinte. Minha parceira de dupla na segunda me avisou que não ia conseguir vir para fazer a dupla comigo, me deixou na mão (risos). Eu estava meio que será que vou conseguir entrar ou não. Depois de entrar e todo o seu estresse na hora que consegui jogar só queria ganhar e ir bem no torneio e vencer o torneio. Eu poderia estar em outro lugar a não ser na Índia", contou Pigossi. Carol Meligeni, por exemplo, jogaria a competição, mas não conseguiu vir diante da burocracia por conta da pandemia.

"Foi uma loucura. Estava em Monastir na semana anterior. Tive que voar com meu passaporte brasileiro e enviar meu passaporte italiano para Madri. Para viajar e voltar para a Europa a sorte é que tinha meu cartão de residência se não não me deixariam passar. Nosso técnico argentino (Puentes) ficou preso no Marrocos, ele ainda está lá porque não tem o papel que pedem. Ele mora na Espanha, é casado com uma espanhola e não conseguiu voltar. Eu dei um pouco de sorte. Saí de Monastir 1 da tarde, duas horas de carro para Tunis. Voei para a França, duas horas e quinze, cheguei lá esperei 20 minutos pois meu outro voo já saía. Tive que pedir pro piloto esperar um pouco pra pegar minha mala porque meu voo pra Índia no dia seguinte era 6 da manhã e minha mala ia ficar. Deu tudo certo. Cheguei em Barcelona 10 da noite. Cheguei em casa 23h20 e sair 4 da manhã, deu só tempo de lavar roupa. Peguei voo Barcelona-Frankfurt, Frankfurt-Bengaluru e Bengaluru-Pune. Cheguei em Pune fim da manhã de terça. Loucura".

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Esta é a sexta conquista de Laura e segunda este ano. Ela venceu o torneio de US$ 15 mil em Villena, na Espanha, recentemente.

"Estou muito contente por esse começo de ano , venho trabalhando muito duro desde a quarentena no Brasil ano passado (chegou a treianr por um período na ADK Tennis, em Itajaí), pra mim foi um momento bem chave onde tive que tomar várias decisões importantes na minha vida, olhar pra dentro de mim. Mudei de treinador vim para essa academia que estou, estou conseguindo achar minha melhor versão, conseguindo me superar a cada dia, cada treino, buscando sempre o meu melhor".

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Pigossi, que já esteve entre as 250 do mundo, não coloca metas de ranking e resultados: "Não tenho metas. Estou muito focada em dar meu melhor, me superar em todos os sentidos, em cada treino, com dor ou sem dor, tentar conviver o melhor possível com o desconforto".

A tenista planeja jogar um torneio em Dubai na próxima semana e depois dois torneios de US$ 25 mil na Argentina e mais dois da mesma premiação no Equador.

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