A Série B do Campeonato Brasileiro chegou à sua metade e o Vasco não conseguiu entrar no G4 por pelo menos uma rodada. Com um desempenho bem abaixo do esperado, a equipe terminou a primeira parte da competição na décima primeira colocação, a 5 pontos do quarto colocado. O LANCE! listou dez motivos que fizeram o Cruz-Maltino deixar tantos pontos pelo caminho e não conseguir encontrar o equilíbrio para se consolidar na zona de acesso à elite do futebol nacional.
Bolas aéreas: Desde o início da temporada, a defesa do Vasco tem sofrido com as bolas alçadas em sua área. O problema persiste mesmo com troca de treinador e a equipe tem deixado pontos importantes para trás. Só na Série B, oito gol foram de jogadas pelo alto, sendo 20 ao longo de toda temporada. Lisca alegou após a derrota para o Remo (com dois gols de cabeça para a equipe paraense), que ainda não teve tempo para treinar e corrigir efetivamente esses erros.
Problemas defensivos: Os erros da defesa vascaína não se limitam apenas as jogadas pelo alto. O time sofre com um setor constantemente exposto e vulnerável aos ataques dos adversários. Quando tenta controlar a partida por meio de um jogo posicional, os contra-ataques levam bastante perigo e fazem com que a zaga fique perdida e bata cabeça.
Desequilíbrio na montagem do elenco: Com a chegada do diretor executivo Alexandre Pássaro, o elenco do Vasco foi montado para a Série B apostando na experiência. Foram contratados 10 reforços, mas algumas posições seguem carentes como a de meia armador. Ambos os treinadores utilizaram Marquinhos Gabriel como meia, porém ao longo de sua carreira o jogador rendeu mais atuando pelos lados. Nas laterais, os comandantes preteriram o jovem Cayo Tenório, e sempre que tem o desfalque de Léo Matos, deslocam Zeca para a direita, desfalcando as duas laterais ao mesmo tempo.
Desequilíbrio emocional: Em determinados momentos, o Vasco teve a chance de entrar no G4 durante esse primeiro turno e todas as vezes tropeçou. É notório o desequilíbrio emocional do time nos momentos decisivos, sentindo a pressão da competição e deixando escapar as oportunidades. É a primeira edição da Série B em que o Vasco fica um turno inteiro sem entrar na zona de acesso à elite do futebol brasileiro. O máximo que conseguiu foi dormir entre os quatro primeiro depois da vitória contra o Vila Nova (GO).
Alto número de cartões: Com o desequilíbrio emocional, o Vasco tem tido uma quantidade alta de cartões, o que tem desfalcado a equipe em várias rodadas. Ao todo, o Gigante da Colina teve 45 cartões amarelos e quatro vermelhos (Bruno Gomes (2), Juninho e Vanderlei) na competição.
Desempenho fora de casa: Para uma equipe conquistar o acesso necessita ter um excelente desempenho em casa e pontuar sempre que possível fora. Sob seus domínios, o Vasco tem tido bons números apesar das derrotas para Operário (PR), Avaí e Londrina. No entanto, longe de casa, a equipe venceu apenas duas partidas e necessita modificar essa irregularidade no returno. Fora de casa, a equipe venceu duas, empatou três e perdeu quatro, somando 9 pontos (33,3% de aproveitamento).
O modelo não deu certo: O Vasco adotou durante boa parte do primeiro turno um estilo de jogo posicional, que procura ter mais posse de bola, e trabalhar as infiltrações e apoio dos laterais no corredor. Contudo, a defesa ficou muito exposta e a criatividade ofensiva foi improdutiva com muitos toques laterais. Nas vezes em que o Cruz-Maltino obteve resultados mais satisfatórios foi atuando de maneira reativa, com contra-ataques, dando a bola para o adversário. A indefinição no modelo de jogo complicou a equipe, que desperdiçou a chance de entrar no G4 algumas vezes.
Falta de intensidade e efetividade: Em vários momentos do primeiro turno, faltou intensidade ao time, com uma lentidão nas transições ofensivas, e muitos passes para o lado. Nas vezes em que criou chances de gol, o Vasco nem sempre foi letal e efetivo nas finalizações, deixando pontos pelo caminho.
Má fase, até do Cano: Apesar de ter 14 gols na temporada e ser o principal nome do time, o argentino não balança as redes há sete partidas. A bola tem chegado pouco para o jogador finalizar, é verdade, porém ele tem buscado jogo fora da área com frequência. Contra o Londrina, o atleta teve chance de finalizar, mas passou em branco novamente.
Momento da troca do técnico: Por mais que tenha sido por prazo pensado, o atual treinador praticamente não teve tempo para treinos. Foram seis atividades com o elenco todo e oito jogos até aqui.
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