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Kylian Mbappé: “Não tenho medo de dar minha opinião”

Craque do Real Madrid deu entrevista falando de política, racismo, machismo e depressão

Lance

Lance|Do R7

Mylian Mbappé na entrevista com o programa El Objetivo (Foto: reprodução) Foto: reprodução/Foto: reprodução

É tão raro ver um jogador falar de outros assuntos que não o futebol que quando extrapolam as quatro linhas, surpreendem. E foi o que Kylian Mbappé fez em entrevista dada à jornalista Ana Pastor, no programa El Objetivo, da estação televisiva espanhola Sexta. Foi a primeira vez que falou de forma exclusiva com uma emissora. O craque francês falou, claro, da sua carreira, mas foi além, se posicionando politicamente, criticando o machismo no futebol e expondo a depressão entre jogadores. “Não tenho medo de dar minha opinião”, resumiu Mbappé.

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Ao ser questionado porque se opôs à candidatura de Marine Le Pen, líder de extrema-direita francesa, durante as eleições legislativas de 2023, o atacante do Real Madrid não titubeou:

– Antes de ser um jogador de futebol, sou uma pessoa normal que fica feliz, triste, bravo… e dou minha opinião com base nos meus valores que penso que são bons para mim e para o mundo.


Na época, ele foi às redes sociais e escreveu: “Quero me dirigir a todos os franceses. Vemos que os extremos estão às portas do poder. Nós podemos mudar tudo”.

Machismo, depressão e racismo


Na conversa com a emissora, o jogador merengue ainda criticou o machismo que, segundo ele, ainda domina o ambiente do futebol. Ele mencionou a própria mãe, Fayza Lamari, figura ativa em sua carreira, que já foi alvo de ataques.

– As pessoas tinham uma imagem muito dura da minha mãe. Elas não querem muitas mulheres fazendo uma das coisas mais importantes do futebol – comentou.


Ainda tratou dos momentos difíceis pelos quais os jogadores passam, como má-fases. Na entrevista, ele citou um etapa pela qual passou no final de 2023, mas negou já ter passado por problemas de saúde mental, fazendo questão, contudo, de destacar a importância do tema:

– Somos humanos, temos nossas tristezas e nossas alegrias…

E acrescentou conhecer colegas de profissão que lidam com depressão, mas que preferem o silêncio.

– Não somos super-heróis – resumiu.

Ainda tocou em um assunto sempre presente no futebol espanhol, o racismo:

– É mais famoso no futebol, mas está presente na vida. Temos que parar, porém. Temos que fazer ações. Porque ao final, falamos, falamos, mas o que fazemos?

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