Nem só da noite inspirada e histórica de Neymar viveu a Seleção Brasileira em Lima. A virada por 4 a 2 sobre o Peru, na última terça-feira, evidenciou que Richarlison tem condições de "voar" com a camisa amarelinha. Além de um gol marcado, o camisa 7 deixou sua marca e se mostrou um fio condutor importante para dar ímpeto à equipe de Tite.
- Richarlison é jogador terminal, de gol. Dá possibilidade da bola de fundo, da abertura e ter aquilo que no primeiro tempo teve, três bolas de inversão, em profundidade. Uma o Firmino teve a possibilidade de fazer o gol e o Gallese fez uma grande defesa. Ele é o jogador da última bola, que trabalha em cima da linha do adversário - afirmou o comandante canarinho, em entrevista coletiva, ressaltando o poderio do atacante:
- Ele tem essa característica nas três da frente. Na direita, esquerda e no centro - completou.
Mesmo quando o Brasil esteve em desvantagem no placar, o "Pombo" manteve a frieza ao escolher o momento exato de engatar as jogadas. Na rebatida de seu cruzamento, Danilo cruzou e Neymar sofreu o primeiro pênalti da noite. No Estádio Nacional de Lima, Richarlison ainda encontrou espaços para lançar Firmino e o camisa 10.
Sua serenidade contribuiu para surgir livre na área e desviar a cabeçada de Roberto Firmino, garantindo o empate quando a Seleção Brasileira se aventurava na área adversária.
A hora da virada da Seleção também saiu de seus pés. Com visão privilegiada, o camisa 7 encontrou Everton Cebolinha, que esticou a Everton Ribeiro. O lance culminou no terceiro gol de Neymar e no começo de alívio diante dos peruanos.
Com 18 passes certos em 24 tentativas (uma média de 75%) e acertos em todos os lançamentos que tentou, Richarlison acirra a concorrência no setor ofensivo e cai como uma luva para o desejo de Tite.
- Não adianta ter só posse de bola, mas tem que ser vertical, ser agressivo. De procurar o gol e não tocar para o lado - declarou o comandante.