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Governo do Irã é acusado de enviar espiões ao Qatar para fiscalizar torcedoras na Copa do Mundo

Torcedoras estão sendo reprimidas dentro dos estádios da Copa do Mundo

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Eliminado da Copa do Mundo após perder para os Estados Unidos, o Irã viveu dias de tensão fora das quatro linhas nos últimos dias. Como são proibidas de ir à um estádio de futebol em seu país natal, torcedoras iranianas protestaram nas arquibancadas dos jogos da seleção. Algumas delas, inclusive, acusam o regime de enviar espiões ao torneio para registrar qualquer tipo de manifestação.

- Eu não posso voltar ao Irã. Vivo em Dubai. Eles estão matando as pessoas no meu país. Matando mulheres. Usamos a Copa do Mundo como uma grande plataforma para exibir o que está acontecendo no Irã – disse uma torcedora iraniana ao GE.

- Nós apenas apoiamos os jogadores de futebol porque eles se recusaram a cantar o hino nacional no último jogo, então as pessoas mudaram de ideia para apoiá-los. Mas ainda somos contra o governo e avançamos fortemente com nosso movimento - afirmou.

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Segundo essas torcedoras, não era difícil identificar os espiões enviados pelo governo iraniano. De acordo com a jornalista Domitila Becker, que acompanhou Irã x Estados Unidos entre torcedores iranianos, foi possível perceber diversas agressões por parte dos possíveis agentes infiltrados.

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Entenda os protestos

O Irã viu uma grave tensão política ser desencadeada em agosto, quando Mahsa Amini foi morta após ter sido presa. A jovem não havia coberto a cabeça com o véu, conforme mandam as leis no país para as mulheres. O episódio gerou intensos protestos dentro do país e a comunidade do futebol iraniano reagiu fortemente.

Desde 1981, nenhuma mulher tem a permissão para assistir a um jogo de futebol, mesmo que esteja acompanhada de um homem. Em 2019, o procurador-geral do país Mohamed Montezeri disse que se uma mulher assiste a homens com as pernas de fora praticando esportes estaria sendo guiada ao pecado.

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