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Vini Jr. se pronuncia após polêmica: 'Não vou parar de bailar'

Atacante rebate fala de empresário que afirmou que jogador tinha que 'deixar de fazer macaquice' e cita que outros atletas fazem danças para comemorar gols

Futebol|

Presidente da Associação Espanhola de Empresários de atletas atacou comemorações de Vini Jr.
Presidente da Associação Espanhola de Empresários de atletas atacou comemorações de Vini Jr. Presidente da Associação Espanhola de Empresários de atletas atacou comemorações de Vini Jr.

Um dia após ser vítima de racismo na imprensa espanhola, o atacante Vini Jr. se pronunciou sobre o ocorrido. Em um vídeo postado nas redes sociais, o jogador do Real Madrid foi direto: condenou as falas, prometeu que seguirá "bailando", de cabeça erguida, e deu seu recado.

O camisa 20 merengue relembrou que tem projetos sociais que ajudam a comunidade onde nasceu, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e afirmou que "a felicidade de um preto, brasileiro, vitorioso na Europa incomoda muito".

Vini Jr. falou ainda sobre suas danças, que foram criticadas pelo volante Koke, do Atlético de Madrid, e citou que outros atletas também comemoram com irreverência. Nominalmente, o ex-Flamengo lembrou os casos de Matheus Cunha, Griezmann e João Félix, que jogam nos Colchoneros.

Por último, o jovem de 22 anos, que atua também pela Seleção Brasileira, exclamou que continuará com sua alegria e que não irá parar de bailar.

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VEJA NA ÍNTEGRA A FALA DE VINI JR.

"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra. Tenho essa frase tatuada no corpo. E tenho atitudes na minha vida que transformam essa filosofia em prática. Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto, brasileiro, vitorioso na Europa incomoda muito mais. Mas a minha vontade de vencer, o meu sorriso são muito maiores do que isso. Fui vítima de xenofobia e racismo em uma só declaração, mas nada disso começou ontem.

Há semanas, começaram a criminalizar as minhas danças. Danças que não são minhas; são do Ronaldinho, do Neymar, do (Lucas) Paquetá, do Pogba, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos funkeiros e sambistas brasileiros. Dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo. Aceitem, respeitem ou surtem. Eu não vou parar.

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Não costumo vir publicamente rebater críticas. Sou atacado e não falo. Sou elogiado e também não falo. Eu trabalho e muito, dentro e fora de campo. Desenvolvi um aplicativo para auxiliar a educação das crianças de escolas públicas sem ajuda financeira de ninguém. Eu estou fazendo a escola com meu nome e farei muito mais pela educação. Quero que as próximas gerações estejam preparadas como eu estou para combater racistas e xenofóbicos. Sempre tento ser um exemplo de profissional e cidadão. Mas isso não dá clique. Não engaja em rede social. Então os covardes inventam algum problema para me atacar. E o roteiro sempre termina com um pedido de desculpa ou um 'fui mal interpretado'. Mas repito para você, racista: eu não vou parar de bailar. Seja no Sambódromo, no (Santiago) Bernabéu ou onde eu quiser.

Com carinho e sorriso, de quem é muito feliz, Vini Jr."

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