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Timão deve R$ 14 mi a empresários e R$ 48 mi em direitos de imagem

De acordo com o balanço do clube, dívida com Carlos Leite e Giuliano Bertolucci passou dos R$ 14 mi, enquanto o débito de imagem já é quatro vezes maior do que a folha salarial

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O balanço financeiro do Corinthians, que veio a público na última segunda-feira e o LANCE! teve acesso, continua repercutindo. Um dos fatores que chamam a atenção é o das dívidas do Corinthians, entre elas duas saltam aos olhos: uma com empresários conhecidos no meio esportivo e outra referente aos direitos de imagem dos jogadores, tanto do atual elenco quanto dos que já saíram.

O débito com os agentes Giuliano Bertolucci (R$ 6,672 milhões) e Carlos Leite (R$ 7,331 milhões), até 31 de dezembro de 2019, soma R$ 14 milhões e cresceu razoavelmente em comparação com o balanço de 2018, quando a dívida somada era de R$ 12,393 milhões, ou seja, em um ano ela aumento R$ 1,610 milhão. Ambos têm boa relação com o clube há anos, em diferentes gestões.

Segundo apurou a reportagem, quando os empréstimos foram tomados, em 2017, a soma dos valores era de cerca de R$ 9 milhões, em outras palavras aumentou 55% em aproximadamente três anos. Muito disso por conta dos juros praticados: Bertolucci cobra 1,5% ao mês, enquanto Leite cobra 1,94% ao mês. A busca do dinheiro com os empresários aconteceu na gestão de Roberto de Andrade, como disse Andrés Sanchez, em live com o "Meu Timão".

- Quando tem falta de fluxo de caixa, você pega dinheiro emprestado, eu não peguei dinheiro emprestado com empresário nenhum, todos os empresários que estão lá são da gestão do Roberto (de Andrade), eu peguei com banco.

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Outro ponto que chama a atenção no balanço corintiano é o débito do clube com direitos de imagem. Somando todos os credores chegamos ao total de R$ 48,452 milhões, mais do que o dobro do que foi apontado em 2018 (R$ 21,609 milhões). A principal mudança na lista se dá no item "outros contratos de direito de uso de imagem", cujo valor saltou de R$ 2,136 milhões em 2018 para R$ 20,101 milhões em 2019, quase dez vezes mais.

Para efeito de comparação, a folha salarial corintiana gira em torno dos R$ 12 milhões por mês, segundo Andrés Sanchez revelou em entrevistas recentes, ou seja, o saldo devedor em direitos de imagem no balanço financeiro de 2019 equivale a praticamente quatro meses de folha salarial.

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Vale lembrar que os direitos de imagem são recebidos por meio de empresas, alguns jogadores têm o próprio CNPJ e outros usam a empresa de seus agentes ou empresários para terem acesso ao dinheiro. Portanto, na lista, não é possível determinar quais são todos os atletas que fazem parte dos credores.

Do elenco atual, é possível reconhecer Fagner, que tem crédito de R$ 1,8 milhão com o clube e Ramiro, que chegou justamente no ano passado, e já tem R$ 1,753 milhão a receber. Segundo apurou a reportagem do LANCE!, o maior credor no momento é Boselli, com R$ 2,982 milhões. Essa quantia seria recebida por meio da empresa de seu agente. Por outro lado, uma dívida de R$ 1,150 milhão com Cássio foi quitada ao longo de 2019.

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Além deles, na lista aparecerem jogadores que não estão mais no clube, como Jadson (R$ 1,240 milhões a receber), Ralf (R$ 2,1 milhões) e o volante Cristian (R$ 2,571 milhões). Somente com eles, a dívida somada é de quase R$ 6 milhões. É importante lembrar que os valores podem ter aumentado ou diminuído desde o fechamento do balanço, ou seja, 31 de dezembro de 2019.

O Corinthians fechou o ano passado com um déficit de R$ 177 milhões e viu sua dívida acumulada aumentar em cerca de R$ 200 milhões. A situação para 2020 preocupa ainda mais devido à crise causada pela pandemia de coronavírus. Até aqui, alguns patrocinadores suspenderam o pagamento e outros cortaram a verba em 25%, além disso a TV não pagou parte das cotas pelos direitos de transmissão, que representam mais de 40% das receitas.

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