Sterling pede que clubes percam pontos em casos de racismo
Vítima de racismo em diversos momentos na temporada, o atacante quer medidas mais severas para o combate do preconceito e se coloca a disposição de dirigentes para ajudar
Futebol|Do R7
Um dos principais jogadores do Manchester City, Raheem Sterling tem motivos para celebrar e para lamentar nesta atual temporada. O inglês sofreu com o racismo tanto no Campeonato Inglês quanto em amistosos com a Inglaterra. Para o atacante, as medidas de punição devem ser mais severas e devem incluir a perda de pontos.
- Acredito que as punições devem ser mais duras. Se sou torcedor do Manchester United, por exemplo, não vai ser eu que vou colocar em risco a minha equipe com uma atitude tão estúpida. Se você sabe que sua equipe pode perder nove pontos, não vai proferir insultos racistas - disse o atacante do Manchester City ao 'Wall Street Journal'
ATUANTE
Sterling sofreu com o racismo na partida contra o Chelsea, no dia 08 de dezembro de 2018. Os Blues identificaram e baniram quatro torcedores envolvidos nos insultos. Contra Montenegro, no dia 25 de março, pelas eliminatórias da Eurocopa, Sterling foi novamente perseguido. O atacante se colocou a disposição para se reunir com dirigentes da Federação da Inglaterra e da Premier League para debater o racismo e pensar novas medidas de combate.
PARADOXO
O número de casos de racismo no Reino Unido aumentaram nos últimos anos, dentro e fora de campo. Segundo o jornal 'The Guardian', cresceram os números de bullying nas escolas inglesas relacionados a racismo e xenofobia. A Premier League reflete essa realidade, mas vive um paradoxo. Se não existe aceitação por parte de estrangeiros e preconceito étnico fora de campo, dentro de campo, quem brilha são os estrangeiros. Os três artilheiros da competição, por exemplo, são negros e africanos (Salah, Mané e Aubameyang).
PANORAMA
Sterling fez uma grande temporada nos Citizens. Terminou como o vice-artilheiro, com 25 gols, sete a menos que Sergio Agüero. No quesito de assistências, porém, o inglês lidera com 18 passes para gols, mesmo número que Sané.