Futebol Sem sondagens que atendam expectativas para venda, São Paulo vê janela fechando longe de meta estabelecida

Sem sondagens que atendam expectativas para venda, São Paulo vê janela fechando longe de meta estabelecida

Plano estava traçado: Tricolor venderia outras crias de Cotia para segurar titulares. Mas plano falhou

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O fim da janela de transferências no Brasil se aproxima. Está marcada para o próximo dia 3 de agosto. E mais uma vez, como ocorreu em janeiro, o São Paulo vê sua principal expectativa de receitas, a venda de jogadores, principalmente as joias reveladas nas categorias de base, ficarem longe da expectativa. Com sondagens vindas da Europa e de outros centros muito aquém do esperado, o clube do Morumbi, não deu início em negociações por suas promessas.

E a esperança são-paulina de andar mais casas no tabuleiro do acerto de suas contas dependia necessariamente de negociações. A previsão orçamentária para este ano aprovada pelo Conselho Deliberativo no fim do ano passado estimou R$ 135 milhões como meta a ser cumprida com vendas de jogadores.
Desde o início do ano, contudo, apenas um jogador dentro desse perfil acabou negociado pelo Tricolor: o atacante Newerton, vendido na última semana ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por cerca de 3,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 19 milhões).

Mas o que acontece que as promessas são-paulinas não atraíram propostas? Uma combinação de fatores. Em primeiro, Dorival Júnior se reuniu com a diretoria e sacramentou que abria mão de reforços caso as crias de Cotia firmadas no time titular não fossem negociadas. Se referia especificamente a três nomes: Beraldo, Nestor e Pablo Maia. O zagueiro virou titular absoluto nesta temporada e despertou os clubes do Velho Continente. O meia já recebeu sondagens de clubes da Turquia. Nada concreto.

O risco é Maia. O volante já recebe propostas da Inglaterra desde o ano passado. Desta vez quem apareceu foi o West Ham. Entretanto, atendendo Dorival e principalmente com a expectativa de uma valorização ainda maior do jogador, um dos melhores volantes em atividade no futebol brasileiro, o clube recusou a investida. Definiu 20 milhões de euros (cerca de R$ 107 milhões) como valor para sacramentar a saída. E aguarda para ver se, por ora, a ideia de contratá-lo saia da cabeça europeia.

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SOLUÇÃO ENCONTRADA DECEPCIONA

E se existe um trio dito como intocável, qual a solução traçada para atender Dorival? Vender nomes menos valorizados vindos de Cotia. Mas a postura tricolor agrada pela sobriedade. Sem desespero e sem desfalcar o elenco são-paulino, segue-se o dogma de que propostas serão avaliadas por nomes do plantel principal somente se vierem com o famigerado 'dois dígitos'. Ou seja, acima de 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 53,3 milhões).

E pautada nessa condição, sondagens vieram. E não prosperaram.

O lateral-direito Nathan é um dos exemplos. O jogador, que voltou do empréstimo no Coritiba correndo por conta de uma necessidade de elenco no Campeonato Paulista, na verdade estava sendo observado por clubes portugueses. A saída era dada como certa. Mas Dorival percebeu uma evolução. Conversou com os cartolas. E um valor foi fixado, adiando a transferência.

Também por um acúmulo de opções no elenco, o lateral-esquerdo Patryck viveu a mesma situação. Mas as sondagens vieram dos EUA. Começaram no começo do ano, após a participação do jogador no título da Seleção Brasileira no Sul-Americano sub-20. Esfriaram. Mas empresários se animaram com as informações que recebiam e voltaram a sinalizar para o São Paulo, que manteve sua postura.

Agora a bola da vez é Rodriguinho. O meia, que se tornou um fenômeno após voltar
á base para ganhar massa muscular e virar uma espécie de 'talismã' de Dorival, já é observado de perto por clubes como PSG, da França, e Ajax, da Holanda. Houve sinalização de algo na casa dos 8 milhões de euros (cerca de R$ 43 milhões). Mas tanbto diretoria quanto o estafe do jogador decidiram que é melhor ficar. Haverá valorização, apostam.

Mesmo outros nomes de Cotia mais velhos no time profissional também estavam na lista de negociações prováveis, como o lateral-esquerdo Welington, para adequar as contas. Mas sem os tais 'dois dígitos', nada feito.

E assim caminha o mercado de saídas no Morumbi, com a aposta alta no ganho esportivo e na boa fase do time em campo para que a valorização de suas peças ocorram. E assim as negociações aconteçam. Dentro dos 'dois dígitos', é claro.

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