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Saiba como o Santos deve jogar sob o comando de Diego Aguirre

Treinador uruguaio chega ao Santos para seu quinto trabalho no Brasil

Futebol|Do R7

Lance
Diego Aguirre é o novo técnico do Santos (Foto: AFP)

Depois de demitir Paulo Turra, o Santos não demorou para anunciar a contratação de Diego Aguirre como seu mais novo treinador. E se a torcida do Peixe passou as últimas semanas reclamando sobre uma suposta 'escola gaúcha' de futebol, com treinadores que priorizavam a defesa ao invés do ataque, não é com o uruguaio que verá um estilo de jogo mais ofensivo.

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Com passagens por Internacional (duas vezes), Atlético-MG e São Paulo, o treinador costuma dar padrão rápido para suas equipes, por mais que nem sempre seja agradável de assistir. A seguir, conheça o estilo de Diego Aguirre, novo técnico do Santos.

ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA


Aguirre inicia a montagem de suas equipes pela defesa. Seus times costumam marcar em zona pressionante, quando a principal referência de marcação é o espaço, mas os defensores próximos à bola tem liberdade para largar a linha de defesa e pressionar os adversários.

Outra característica muito clara das defesas de Aguirre é a montagem de 'armadilhas' para o ataque adversário. O técnico sabe alternar uma marcação mais alta, pressionando a saída de bola, com uma defesa mais próxima da própria área, sempre forçando o adversário para um dos lados do campo e forçando seu erro. É nesse momento que os defensores tentam uma antecipação para recuperar a bola.


Suas equipes também costumam se organizar com duas linhas de quatro defensivas, seja no 4-1-4-1 ou no 4-2-3-1 - que se torna 4-4-2 no momento defensivo, graças ao retorno dos pontas à linha de meio-campo.

ATAQUE DIRETO


Embora Aguirre priorize a montagem da defesa de seus times, chamá-lo de defensivista é um erro. O técnico também costuma dar uma organização aos seus ataques, embora em um estilo mais direto, sem toques curtos e posse de bola.

A ideia é abusar de lançamentos, seja pelo alto ou pelo chão, em direção aos pontas ou a uma referência no ataque. Até mesmo o contra-ataque dos times de Aguirre costumam ser iniciados em um passe para o centroavante, que prende a bola e espera a saída do time.

Quando o adversário se fecha a entrega a bola para os times do uruguaio, é comum que seus defensores façam a saída de bola alinhados, aguardando a aproximação de volantes para distribuir o primeiro passe. Dificilmente os zagueiros de Aguirre tem liberdade para conduzir a bola e dar passes mais ousados, com exceção de lançamentos.

Com essa aproximação dos volantes, não é raro que os times de Aguirre fiquem despovoados no meio-campo. Por isso, priorizam a construção de jogadas pelas pontas, em triangulações entre ponta, volante e lateral.

Diego Aguirre tem um estilo de jogo simples, mas eficiente. Pensando em longo prazo, a tendência - como foi em todos os clubes que comandou no Brasil - é que o trabalho se desgaste e o time comece a mostrar limitações. Gostando ou não do nome, o uruguaio tem experiência e currículo para conduzir o Peixe em momento tão delicado de sua história.

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