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Pedro Henrique completa 100 jogos e quer fazer história no Corinthians

Zagueiro falou sobre o seu momento no Timão sob o comando de Tiago Nunes; neste sábado, às 15h, o Alvinegro joga em Diadema 

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Zagueiro conquistou a condição de titular neste ano
Zagueiro conquistou a condição de titular neste ano Zagueiro conquistou a condição de titular neste ano

Revelado nas categorias de base do Corinthians, o zagueiro Pedro Henrique completa 100 partidas com a camisa do Timão neste sábado. Em Diadema, contra o Água Santa, o defensor será homenageado pela diretoria do clube do Parque São Jorge pela marca. Em alta e trabalhando para acabar com desconfiança de parte da torcida, o dono da camisa 3 do Alvinegro deu entrevista exclusiva no CT Joaquim Grava para falar sobre o número centenário.

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- Representa muito. Por tudo o que passei desde o começo, pela minha família. Atuar 100 jogos em um clube como o Corinthians tendo saído da categoria de base não é para qualquer um. Estou muito feliz com a marca. Se Deus quiser, espero bater 150, 200 jogos com a camisa do Corinthians. Quero fazer história aqui, ser ídolo do Corinthians. Tenho conquistado isso com os títulos que participei e espero alcançar mais para colocar meu nome na história do Corinthians - afirmou o zagueiro, titular com Tiago Nunes neste início de ano.

Pedro Henrique está no Corinthians desde 2012 e estreou como profissional três anos depois, ainda com Tite no comando da equipe. De lá para cá, viveu altos e baixos: foram cinco títulos (Campeonato Paulista 2017, 2018 e 2019; Campeonato Brasileiro 2015 e 2017), dois empréstimos (Bragantino e Athletico-PR) e uma enxurrada de críticas e elogios pelo seu desempenho.

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Renovado depois de sua passagem pelo Furacão, onde conquistou a Copa do Brasil e a Taça Suruga, Pedro retornou ao Corinthians e assumiu o posto de titular sob o comando de Tiago Nunes. Nos dois últimos jogos, contra Guaraní-PAR e São Paulo, foi aplaudido pela torcida e cada vez mais vai se firmando no atual elenco do Timão.

Os números confirmam a boa fase do zagueiro. Afinal, no Paulistão, Pedro registra uma média de 2,5 desarmes por jogo e precisão de quase 96% dos passes. O defensor, no entanto, foca no aspecto coletivo e fala em união do grupo para fazer com que o 2020 do Corinthians seja vitorioso.

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- Meu objetivo é fazer grandes jogos, ajudar meus companheiros e dar sempre o meu melhor. O resto é consequência do trabalhos. Os títulos vêm quando fazemos o nosso melhor. Vou dar o meu melhor e o resto é consequência do meu trabalho.

Neste sábado, às 15h, o Corinthians enfrenta o Água Santa pela 7ª rodada do Campeonato Paulista. Antes da bola rolar, a diretoria do Timão entregará uma placa e uma camisa comemorativa ao defensor.

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Confira, na íntegra, a entrevista com Pedro Henrique:

Como tem sido esse seu começo de trabalho no retorno ao Corinthians?

Pedro Henrique: Muito feliz por estar de volta à minha casa, pela confiança da diretoria, da comissão técnica e de todos que estão me dando confiança. Está sendo maravilhoso estar de volta. Começo de temporada é sempre um pouco difícil porque envolve uma mudança de filosofia de trabalho. Só dois jogadores estavam acostumados com esse estilo, eu e o Camacho que estávamos no Athletico-PR. O começo foi um pouco difícil, mas o pessoal já entendeu a ideia e estamos nos entrosando para que possamos fazer jogos de alto nível igual fizemos nos dois últimos jogos.

O fato de você ter trabalhado com o Tiago Nunes no Athletico-PR te ajudou a estar mais confiante para desempenhar seu trabalho no Corinthians?

Sem dúvida. Ele sabe do meu potencial, aquilo que eu fiz no Athletico-PR. Sempre trabalhei da melhor forma possível, sempre me dediquei o máximo possível. Ele viu isso. Quando entrei nos jogos, dei o meu máximo lá no Athletico e isso me ajudou a poder voltar para cá.

Recentemente, você deu uma entrevista para a Corinthians TV no Youtube e comentou sobre o quanto que o trabalho realizado no Athletico ajudou no seu desenvolvimento profissional. Essa questão do bom passe e domínio de bola são características que atualmente definem seu estilo de jogo?

Sem dúvida. Eu tinha duas características boas no Corinthians: meu potencial defensivo e minha velocidade. Fui para o Athletico para agregar mais e fazer com que fosse mais completo tanto defensivamente como ofensivamente. Isso me ajudou muito. É claro que a filosofia dele (Tiago Nunes) me ajudou bastante, como a saída de bola e o domínio. Isso só agregou em uma evolução.

Antes do anúncio da contratação do Tiago Nunes, voltar para o Corinthians estava nos seus planos para 2020?

Cara, eu não sei. Estava fazendo grandes jogos lá. Deixei nas mãos de Deus. Se eu voltasse para cá, ficaria muito feliz. Voltar para o time que eu torço, para o time que me formou como homem. Estou muito feliz. Caso eu não voltasse, vida que segue. Hoje, estou aqui. Agora é pensar em dar o meu melhor nos jogos, cada vez melhorar mais para futuramente eu poder pensar em uma Europa, uma convocação para a Seleção, mas hoje meu pensamento é todo no Corinthians.

Como você vê esse início de trabalho do Corinthians? O time parece estar assimilando as ideias do Tiago Nunes, mas teve a queda Copa na Libertadores...

Fizemos um grande jogo contra o Guaraní-PAR. Jogamos a maior parte do tempo e mesmo assim ganhamos a partida. Infelizmente, o destino não quis assim. É um aprendizado, nós ganhamos mais casca, ficamos mais maduros para que nos próximos mata-matas podemos jogar mais tranquilos. Isso veio para nos amadurecer. Ficamos todos tristes aqui, mas agora é pensar no Paulista, focar nos nossos adversários e tentar chegar em mais uma final.

Como tem sido a parceria com o Gil na zaga?

É um grande jogador, um grande zagueiro. O Gil dá muita confiança para quem joga no lugar dele e isso facilita bastante. É um cara que me ajuda bastante no dia a dia, nos jogos, para que eu possa demonstrar um grande futebol.

O Gil é o jogador que você tem mais proximidade aqui no Corinthians?

O que eu mais tenho proximidade é o Camacho, até por termos jogado juntos no Athletico. Todos somos unidos. Saíram coisas na imprensa sobre o nosso grupo e quero deixar claro que não ficamos descontentes com nada. Tudo o que acontece aqui é conversado entre todos. Sentamos juntos para almoçar, todo mundo resenha, todo mundo brinca. O ambiente está bem bom, ao contrário do que foi passado.

Houve um desconforto no elenco com as novas regras implantadas no Corinthians pelo Tiago Nunes?

Foi uma coisa implantada pelo Tiago. Nos reunimos, acatamos, aceitamos e achamos uma ideia muito boa. É um grupo novo, formado agora e precisamos mesmo disso, precisamos entender o dia a dia do companheiro. Precisamos conversar sobre questões de jogo, como fulano gostar de receber a bola, por exemplo. É uma coisa positiva. É lógico que nos últimos dez anos, o Corinthians não fazia isso. Sai da zona de conforto, mas ninguém reclamou, ninguém se esquivou. Todo mundo faz o que tem de ser feito e faz com vontade. Aqui, ninguém nunca deixou de dar o seu melhor. Todo mundo fica rindo, todo mundo se resenha. Isso é bacana, nos entrosa e faz com que sejamos uma família para estarmos juntos nos momentos difíceis e nos momentos de alegria.

Falando sobre essa questão do entrosamento, mas focando na questão do campo, do jogo, quanto tempo você acha que leva para o time entender e conseguir realizar os pedidos do Tiago?

Precisamos de sequências em alto nível e nós não estávamos tendo. Jogávamos um jogo bem e no outro íamos mais ou menos. Agora, fizemos dois jogos de alto nível: contra o Guaraní-PAR e contra o São Paulo. A nossa busca é por manter esse alto nível. Essa é a nossa meta porque o estilo de jogo já foi implantado e estamos fazendo em campo. O que falta mesmo é a sequência em alto nível.

Parte da torcida tem uma certa desconfiança com você e imagino que você saiba disso. Contra o Guaraní-PAR e contra o São Paulo, por exemplo, você acabou sendo muito elogiado. Como você lida com essas críticas e como tem trabalhado para adquirir confiança e fazer essa parte da torcida mudar de ideia?

Fico feliz pelos elogios nesses dois jogos. É mérito de um trabalho de muito tempo. Não adianta eu entrar em um mundo de 'ah, está tudo certo'. Tenho sempre que ver os meus jogos, ver onde eu errei, onde eu acertei e buscar manter o meu alto nível. É lógico que tenho umas estatísticas boas nesse começo de campeonato e isso eleva o meu patamar. Procuro manter meus pés no chão, fazer o meu futebol e eu sei que tem o lado do amor e o lado do ódio. Tenho que saber equilibrar isso para, no caso de um erro como aconteceu no jogo contra o Mirassol, não interfira no meu trabalho. Assim como quando vou bem, preciso ter equilíbrio para não subir para minha cabeça.

Você tem algum hábito específico para se manter concentrado?

No estilo de jogo do Tiago, a gente sempre tem que estar muito concentrado. Trocamos muitos passes, buscamos romper as linhas e os zagueiros dão passes para quebrar as linhas de marcação. Os times estão nos estudando. Às vezes, pegamos um time mais fechado e é lógico que vamos errar. O time está tentando quebrar linhas e eu venho me cobrando muito para não errar esses passes. Vejo meus scouts depois dos jogos, vejo os vídeos e tento melhorar. Me cobro diariamente.

Sobre o jogo com o Água Santa, o que vocês sabem sobre esse adversário? O que vocês esperam dessa partida em Diadema?

Vimos os scouts deles hoje. O professor passou os espaços onde temos de explorar e os pontos fortes deles. Treinamos e vamos ver amanhã. Temos que botar tudo em prática para fazermos um grande jogo.

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