Odair Hellmann cita rivais e reclama de pouco tempo de treino no Santos: 'Não sou mágico'
Treinador pede calma e ressalta que o trabalho está em estágio inicial
Futebol|Do R7
Odair Hellmann reconheceu que o Santos precisa evoluir. A declaração ocorreu após o empate com o São Bernardo por 1 a 1 neste domingo (22), pelo Paulistão. No entanto, segundo ele, a falta de tempo de treinos atrapalha o processo. O treinador ainda ressaltou que rivais como Palmeiras, São Paulo e Corinthians também encontram dificuldades na temporada.
- É um trabalho de construção de uma equipe, de reconstrução da parte mental, técnica e de resultado. As coisas não vão acontecer da noite pro dia. Eu não sou mágico, eu sou um profissional de futebol, que está o mais rápido possível tentando se adaptar às características do grupo. Mas vai ter oscilação. As coisas não vão acontecer da quarta para domingo - disse Hellmann, que ainda completou:
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- Muitas vezes o torcedor quer um trabalho a curto prazo, principalmente porque vem de um ano que machucou, que está magoado. A gente tem coisas positivas, tem coisas negativas. Normal. Mas eu pergunto: o Corinthians está tendo dificuldade? O Palmeiras está tendo dificuldade? O São Paulo está tendo dificuldade? Vários outros, sim, estão tendo dificuldade. Só que não estão vivendo sob pressão durante dois anos. Vamos nos fortalecer cada vez mais em todos os aspectos. Vamos evoluir.
O treinador repetiu que a evolução não acontece de repente. De acordo com ele, o principal empecilho é o pouco tempo para treinamentos.
- Nós temos que fazer isso (evoluir) de três em três dias, onde eu não tenho tempo pra treinar. Eu treinei na pré-temporada uma ideia, quando aquela ideia não encaixa direito, você busca uma modificação. Só que você não tem tempo para treinar. Você perde jogador, busca outro e visualiza outra característica, então leva tempo. Agora a gente vai se recuperar e não vai treinar. Mas a responsabilidade é minha, os jogadores estão tentando, estão entregando o seu máximo - afirmou em coletiva de imprensa.
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O empate com o São Bernardo
- A gente veio para buscar a vitória, é o terceiro jogo que a gente sai atrás e isso faz com que a gente tenha que trabalhar dobrado, triplicado. Fisicamente a equipe tem respondido muito bem, porque os adversários estão sentindo muito no segundo tempo, caindo com câimbra. A gente está conseguindo no segundo tempo se sobrepor ao adversário. Hoje, tivemos alguma situação de primeiro tempo com mais dificuldade, principalmente em relação à posse. Isso nos gerou um pouquinho de dificuldade para ter o controle do jogo, começamos a alongar a bola e entrar no jogo deles que é um jogo de primeira, segunda bola e bola longa.
Melhorou no segundo tempo?
- No segundo tempo, a gente conseguiu colocar mais a bola no chão, ser mais assertivo nos passes, ter o controle do jogo, das ações e produzir mais situações para empatar e até ganhar. A gente fez o gol, o gol anulado e teve um pênalti. Nesse sentido foi bom. É um trabalho inicial, a gente tem bastante coisa a corrigir. Tem alguns pontos positivos, e a gente precisa evoluir em muitos aspectos para cada vez mais nos tornar uma equipe sólida coletivamente.
As oscilações do time
Estou buscando uma equipe para consolidar a ideia coletiva. Estou experimentando tudo com o campeonato paulista em andamento, uma disputa de altíssimo nível. Vai ter oscilações? Vai. Vai ter dificuldades? Vai. Mas é o passo que nós temos que dar. Eu vi os jogos do Santos, é uma coisa. Quando você convive diariamente é outra situação.